Saiba como fazer fotos de silhueta

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A fotografia dá ao fotógrafo várias opções de explorar as imagens para retratar apenas o que a gente vê todos os dias com os próprios olhos. Às vezes, o profissional atrás da câmera tem de por a criatividade para trabalhar e fazer imagens de coisas que só uma lente fotográfica pode proporcionar. Uma delas é as fotos de silhueta, que no proporciona a visão de algo que não conseguimos enxergar sem a ajuda de um equipamento fotográfico.
A fotos de silhueta expressa formas, emoções e mistério e, ao contrário do que muitos pensam, é muito simples de ser feita. A fotografia da silhueta de um objeto, ou pessoa, tem poucas cores, texturas e noção de profundidade. Para fazer esse tipo de imagem, o fotógrafo só vai precisar da câmera e de algo com um contorno bem definido e conhecido, para que assim, a imagem passe uma mensagem.

As formas da silhueta e a intenção da imagem

Antes de começar a preparar fotos de silhueta, é preciso entender que esse tipo de fotografia é mais artístico do que informativo, ou de retrato. Isso quer dizer que essas imagens não passam uma informação, mas sim, sentimentos e emoções.
A mensagem principal que pretende se passar com uma fotos de silhueta é o mistério. O drama, a tristeza, a felicidade e sentimentos mais intensos também podem ser representados por uma imagem de silhueta. Isso vai depender do enquadramento e das cores.
Uma fotos de silhueta também vai forçar o público e focar o olhar somente no objeto principal. É importante focar nisso e não colocar outros elementos distrativos no mesmo campo de visão.

fotos de silhueta

Escolhendo o elemento principal

Para fotografar silhuetas é preciso escolher elementos com formas bem definidas. Não adianta fotografar fotos de silhueta confusa porque quem for ver a imagem não vai entender do que se trata.

Ajustar a iluminação

Para fazer esse tipo de fotografia é preciso se atentar ao flash e à tipo de iluminação. É essencial que o fotógrafo entenda o princípio das fotos de silhueta porque ele vai precisar adaptá-lo para diferentes situações de iluminação, sejam elas de luzes naturais, ou artificiais.
Nessa questão, há apenas uma regra a ser seguida: desligar o flash. Quando se faz a foto do contorno de algo, o conceito de iluminação da fotografia deve estar invertido, já que o elemento principal da imagem, ao contrário de ser iluminado, será “escondido”.
Na fotografia normal, a iluminação é frontal. Na fotografia de contorno acontece o contrário, a luz precisa vir do fundo porque o fundi precisa ficar claro e o elemento principal, escuro, ou seja, as posições são invertidas.
Isso acontece quando a máquina não consegue compensar a iluminação da maneira que o olho humano faz. Quando nós olhamos algo em contraluz, é possível enxergar o objeto corretamente, todo iluminado. A câmera não consegue fazer isso. Quando há uma grande quantidade de luz na parte de trás do objeto que está à frente, o sensor não consegue compensar a iluminação para diminuir o brilho de um local e aumentar em outro. Sendo assim, para atingir o resultado das fotos de silhueta, é só iluminar o elemento principal da fotografia de trás para frente.
Para fazer esse tipo de imagem, a fonte de iluminação pode ser variada: uma parede iluminada, uma janela aberta, uma fonte de luz artificial, o por do sol, entre outras. O único truque é estar em um local menos iluminado e que o elemento principal da imagem esteja sendo iluminado de trás para frente, como citado anteriormente.

fotos de silhueta

Posição do elemento principal da fotografia

Saber posicionar o que será fotografado em forma de silhueta é tão importante quanto à iluminação. É preciso escolher o melhor ângulo para valorizar a forma do objeto, ou da pessoa, para que as fotos de silhueta saia correta. Nesse tipo de fotografia, ao fotografar uma pessoa, é preferível que ela esteja de perfil para destacar detalhes como os olhos e boca.
Na hora de fotografias as fotos de silhueta de duas pessoas, é importante que eles não fiquem muito perto um do outro para não amontoar todos os contornos. Assim, as formas se confundem.
Nessas imagens também quase não existe profundidade de campo. Todos os elementos vão parecer estar à mesma distância do fotógrafo, por isso é importante separar tudo para que eles não se confundam.

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Controle na câmera

O modo manual e o modo automático permitem que as fotografias de contornos sejam feitas. A escolha vai depender do fotógrafo e os ajustes secundários são simples: fotografe com ISO baixo, para não deixar a foto muito clara. Quanto ao foco, se você quer deixar o contorno bem delimitado, esteja certo de que é ele que está em foco na câmera digital.

Modo manual

No modo manual, além do ISO, é preciso pensar na velocidade e na abertura. Ajuste um valor médio para o obturador, dependendo da quantidade de luz do ambiente. Valores muito altos, ou seja, quando o obturador está mais fechado, vão deixar a imagem escura, e valores baixos demais deixam a fotografia com o branco estourado.
Quanto à velocidade do disparo, você pode ajustar para mais rápido que o fotômetro pede. Isso vai fazer com que a câmera capture as partes claras e deixe a sombra bem marcada.

Modo automático

O inconveniente de fotografar no modo automático é que as câmeras mais novas possuem sistemas de compensação de iluminação melhores que antigamente. Isso pode ser bom para fotografias “normais”, mas pode atrapalhar a imagem de contorno, que exige contraste. Para conseguir isso, você vai precisar enganar a câmera.
Assim como o foco, a medição de luz acontece quando o obturador é disparador pela metade. Para enganar a câmera DSLR, aponte a lente para a parte mais clara e aperte o disparador até a metade. Sem tirar o dedo do botão, volte a lente para o enquadramento original e faça a foto final.

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