Em pleno bairro do Bronx, fotógrafa capta passeio de tartaruga na rua
Quando a maioria das pessoas alimenta a ideia de fazer cliques (profissionais ou não) em meio a uma cidade como Nova York, a agitação é a primeira impressão além dos, obviamente, prédios gigantescos e toda a mistura de urbanismo e velocidade acelerada que esse ambiente pode acarretar. Diante de tudo isso, os retratos feitos em uma das maores cidades do planeta acabam, naturalmente, traduzindo essa imagem global da Grande Maçã.
Porém, o que foi registrado pela fotógrafa documental Rhynna M. Santos, em um momento absolutamente despretensioso, vai exatamente na direção contrária desse cenário carregado de concreto e aço.
Como explicou a própria fotógrafa em palavras ditas para o portal Digital Photography Review, Rhynna estava apressada para outro compromisso quando viu uma tartaruga consideravelmente grande caminhando em uma das ruas no famoso bairro do Bronx.
“Era um dia normal de verão e eu estava fazendo tarefas para o meu pai, pegando suas últimas receitas médicas. É notoriamente difícil encontrar um estacionamento nessa área, então, dirigi por um tempo e finalmente encontrei uma vaga no meio do quarteirão na Avenida Stratford. Quando caminhei até a esquina da Avenida Westchester, vi pessoas se reunindo no meio da rua. Quando me aproximei, vi crianças brincando ao redor de uma bomba d’água. O dia estava quente e não me surpreendeu que as pessoas estivessem tentando se refrescar. Quando cheguei mais perto, vi uma tartaruga gigante perto das poucas crianças que estavam se refrescando na bomba. Parecia uma tartaruga que você veria em um zoológico. Não era algo típico de se ver, mas, morando no Bronx, não era totalmente inesperado.”
A fotógrafa que tem atuação ativa para promover sua atividade no bairro onde vive (é criadora do Bronx Women’s Photo Collective além de curadora da página nas redes sociais Everyday Bronx) chegou a dizer, inclusive, que chegou a cumprir primeiro sua tarefa antes de retornar ao local e ver a mesma cena ocorrendo.
“Imediatamente, pensei em fotografar o que estava acontecendo, mas, como estava com pressa, disse a mim mesmo que tiraria a foto assim que pegasse os remédios do meu pai. Depois de morar no Bronx por tanto tempo, eu estava confiante de que ela (a tartaruga) estaria lá quando eu saísse. Assim que terminei minha tarefa, voltei para o carro e vi que a tartaruga tinha descido o quarteirão. Adorei ver como as pessoas reagiam a essa tartaruga gigante que passeava casualmente pela rua. Eu me posicionei de modo que a tartaruga ficasse em primeiro plano e os espectadores em segundo plano.”