Admita, é sedutor ter a possibilidade de ganhar dinheiro puramente atendendo ao interesse da maioria. Quando se fala da arte da fotografia então, que é algo já feito com muito amor e dedicação, se torna ainda mais atrativo. Porém, acredite, para a sua identidade profissional e destaque em meio a tantos praticantes com alta carga técnica, isso não será nada bom para o portfólio dos cliques de sua câmera.
É evidente que sempre gostamos de saber o que agrada mais a cada público e o que, de certa forma, o segmento que escolhemos já viu ou quer ver da arte da fotografia.
Utilizar uma espécie de guia ou mesmo “termômetro” com as pessoas que você preza a opinião é algo totalmente válido, inclusive. Somente a partir desse tipo de medição é possível entender como pequenos ajustes de iluminação, edição, novos ângulos ou mesmo outros recursos podem ser usados de maneira mais sábia e eficiente.
No entanto, isso nunca deve ter a força de uma prisão onde a “mão forte” do interesse comercial te conduz onde ele bem entende. Isso, na verdade, caminha exatamente na contramão de todos os conceitos mais valiosos referentes não só a arte da fotografia, mas em qualquer vertente da arte em si.
A arte demanda espontaneidade, inspiração e, em grande parte, a arte da fotografia demanda liberdade. Como ser verdadeiramente livre estando presos as “amarras” de interesses comerciais ou tendências voltadas unicamente a monetização de sua obra?
Pense bem antes de fazer o estudo de qualquer técnica e condicione o seu olhar para identificar o que pode servir como recurso e o que não passa de “modismo”. Respeitar o seu estilo é respeitar a arte. E, respeitar a arte da fotografia é garantir que você não esteja atendendo a interesses, mas sim ao talento.