A capacidade do homem em exercer a sua criatividade no aspecto do design e da arquitetura no passar dos anos certamente é um fator belíssimo de inspiração não só para outros profissionais da área, mas também para aqueles que trabalham na fotografia, filmagem e produções cinematográficas. Isso porque a amplitude de alcance desses criadores é praticamente infinita e surpreendente a cada novo traço, estilo ou categoria de construção surgida de ideias que parecem feitas por máquinas criativas superdinâmicas.
Com o desenvolvimento do olhar fotográfico cada vez mais apurado (e evidentemente com o auxílio vital da tecnologia), construções como essas ganham um tom de importância ainda mais elevado, tendo na sua simplicidade ou imponência milhares de fatores a serem observados com toda a cautela. Quase que com o desejo incontrolável de encontrar a atenção dos pequenos detalhes, das marcas registradas, enfim… do significado que, quem fez, certamente gostaria que fosse notado e registrado em fotografia ou filmagem.
Seja lá como for, fato é que, em maio do ano passado, a multinacional norte-americana Apple “presenteou” os fotógrafos que adoram essa abordagem com a obra-prima que se tornou a inauguração de sua gigantesca sede localizada na pequena cidade de Cupertino e, por razões óbvias, em meio ao badalado Vale do Silício. Batizada de Apple Park, somente os números que demonstram a suntuosidade da obra já são capazes de instigar os mais diversos olhares curiosos.
Foram necessários quatro anos de execução em um projeto que teve custo estimado em cerca de cinco bilhões de dólares (valor atual aproximado de R$ 16,1 bilhões). Para se ter uma ideia do tamanho da aplicação financeira, existe uma ilha no paradisíaco arquipélago caribenho das Bahamas orçada em R$ 41,6 milhões. Imagine só quantas ilhas seriam possíveis adquirir com o dinheiro investido no Apple Park? E o melhor, quantas fotos lindas poderiam ser tiradas só com a luz natural e até mesmo sem super-lentes!
Voltando a construção da Apple, a obra teve fiscalização do hoje falecido, porém ainda lendário mentor, criador e imagem quase que automática da empresa, Steve Jobs. Não a toa que, em meio a capacidade de abrigar 12 mil funcionários em seus 260 mil m² de extensão, há um teatro que leva o nome de Steve e que tem a capacidade de abrigar 1000 espectadores.
Além disso, diversos outros fatores chamam bastante a atenção nessa construção que pode verdadeiramente ser considerada como de dimensões estratosféricas já que, pela seu tamanho, pode ser visto até mesmo em observação da Terra feita do espaço:
-Pomar, pista de corrida, bosque, cafeteria e outras benesses estruturais;
-Revestido com cerca de 9000 árvores resistentes a períodos de seca pertencendo a 300 espécies diferentes;
-Maior painel de vidro curvo do mundo, tendo 13,5 m de altura e portas de quase 30 m de altura;
-Abastecido inteiramente com energia solar, gerando até 17 MW;
-Tamanha é sua ventilação natural que estima-se a possibilidade de passar nove meses sem a ligação de um único ar-condicionado.