Em outubro de 1949, nascia, nos Estados Unidos, uma das maiores fotógrafas da atualidade. Batizada como Anna-Lou Leibovitz, ela ficou mundialmente conhecida por seu nome artístico: Annie Leibovitz.
Annie tornou-se extremamente notável por captar retratos, em uma colaboração intimista entre o retratado e o retratista. Sua paixão pela fotografia iniciou-se ainda na adolescência, período em que a família morava nas Filipinas.
Onde tudo começou
Sua primeira experiência efetiva como fotógrafa foi na aclamada revista americana Rolling Stone, em 1969, quando a publicação ainda não tinha a expressão de tempos atuais. Na época, Annie estava no terceiro ano de um curso do Instituto de Artes de San Francisco onde tinha entrado, inicialmente, para se tornar professora de arte.
Na revista, Annie registrou momentos marcantes da história americana e da vida dos principais músicos das décadas de 70 e 80. Ela teve o privilégio, por exemplo, de fotografar o casal John Lennon e Yoko Ono, a renúncia do presidente Richard Nixon e momentos íntimos da banda The Rolling Stones. Ao ponto, aliás, de os acompanhar como fotógrafa durante uma turnê mundial.

Naquele momento, Mick Jagger e Keith Richards eram considerados os bad boys da música. Em resumo, de constante associação a um mundo regado a drogas e álcool. Mesmo assim, Annie decidiu se arriscar e, em 1975, caiu na estrada com eles. Acabou conseguindo momentos inéditos, desde a glória nos palcos até a decadência nos bastidores, reunindo um acervo icônico dos roqueiros.
Música, guerra e moda
Bem no início de sua carreira, Annie, assim como qualquer fotógrafo iniciante, seguia uma estética do acaso, sem grandes produções e sem uma marca especifica, dando preferência às fotos em preto e branco. Era um momento de inspiração e formação para ela, que tinha como ídolos os fotógrafos Robert Frank e Henri Cartier-Bresson, famosos por captarem cenas do cotidiano. Ela também chegou a ser fotógrafa de guerra, documentando os horrores provocados pelos conflitos em Sarajevo e em Ruanda.
Já na década de 80, Annie Leibovitz aceitou trabalhar para a revista Vanity Fair e começou a fotografar celebridades e editoriais de moda. Além disso, também fez fotos para Vogue e campanhas publicitárias. Com total liberdade criativa, é responsável pela idealização de cenários fantásticos, dignos de cliques memoráveis.

Annie tornou-se conhecida e muito requisitada por revistas de moda e comportamento em todo o mundo. A mais famosa (e temida) editora de moda da Vogue, Anna Wintour, disse em uma entrevista que o investimento em Leibovitz valia muito a pena:
“Ela te dá uma imagem que ninguém mais pode conseguir.”
Durante toda a sua trajetória, publicou seis livros de fotografias: Photographs, Photographs 1970-1990, American Olympians, Women, American Music e A Photographer’s Life 1999-2007. Atualmente, Leibovitz continua trabalhando ativamente e rendendo editoriais criativos e inspiradores.