Quando as primeiras câmeras digitais surgiram, as fotos registradas por elas eram gravadas em um disquete incorporado ao equipamento, como se fosse um filme de câmera analógico. Porém, há um bom tempo, as digitais mais novas não possuem uma ferramenta de armazenamento como esse e ficou mais difícil para os fotógrafos salvar e gerenciar fotos, já que depois de longos ensaios, ou uma saída casual fotográfica, a maioria das pessoas salva os arquivos de imagem no computador e acaba deixando lá.
Com as câmeras portáteis digitais, não é difícil fazer várias dezenas de fotos em um fim de semana, uma saída com amigos, de uma paisagem bonita… Os arquivos salvos na memória são nomeados com siglas como DSC-XXXX o que torna o gerenciamento das fotos ainda mais difícil, já que esse nome só significa a ordem em que as fotos foram feitas.
Fica difícil, por exemplo, você encontrar a foto de determinado amigo, feita em determinado local em meio a tantas outras que começam com a mesma sigla na memória da câmera. Parece que a única coisa que você pode fazer é ver miniatura por miniatura até encontrar a imagem procurada. Mas essa não é uma tarefa muito fácil.
Outro inconveniente é que as miniaturas só aparecem se os arquivos estiverem em JPG. Se eles estiveram em formato RAW, os gerenciadores de arquivos padrões dos Windows, Mac, ou Linux não conseguem ler. Isso fica mais complicado para os fotógrafos profissionais, que preferem o formato RAW pela riqueza de detalhes nas imagens.
Felizmente, alguns aplicativos facilitam a nossa vida na hora de gerenciar fotos. Além desses programas, há outras maneiras para aperfeiçoar o armazenamento e a exploração das imagens depois de salvas no computador. Conheça, então, algumas dicas de como gerenciar, importar, nomear e salvar suas fotos digitais:
Como importar as fotos para o computador da melhor maneira
Um erro comum cometido principalmente por fotógrafos amadores é deixar as fotos no cartão de memória por meses, até que ele fique cheio e precise ser esvaziado. Um bom gerenciador de imagens não pode deixar isso acontecer. O ideal é passar as fotos para o computador sempre que for sair para outro ensaio fotográfico.
Não importa se você vai transferir os arquivos pela Galeria do Windows, pelo iPhoto, pelo Lightroom, ou pelo gerenciador de arquivos padrão do seu computador, é interessante separar as imagens em pastas nomeadas de maneira que facilite o reconhecimento dos arquivos.
Uma dica é separar as pastas por ano, mês e dia, além de usar uma palavra nos nomes das pastas sobre o evento que foi registrado. Gerencias fotos dessa maneira vai facilitar muito a sua vida na hora de procurar por uma imagem específica.
Importar as fotos para o computador pode ficar ainda mais fácil com os gerenciadores de imagem já configurados para nomear as pastas de acordo com a data automaticamente. Eles só não vão fazer as anotações sobre os eventos, que vai caber ao usuário do programa.
Nomeando vários arquivos ao mesmo tempo
Como já dito anteriormente, dependendo do programa que você usou para importar as fotos da câmera Dslr para o computador, provavelmente todos os arquivos já foram renomeados de acordo com a sua configuração. Se o programa que você usa não tem essa função, a dica é baixar aplicativos como o Ant Renamer (Windows) e o Name Mangler (Mac). Esses programas conseguem mudar o nome de vários arquivos ao mesmo tempo e te poupa de muito trabalho na hora de gerenciar fotos.
Como cada um tem um jeito preferido para facilitar a busca das fotos no meio de várias outras, esses programas podem trabalhar de acordo com as preferências do usuário:
Se as pastas são nomeadas de acordo com as datas, por exemplo, os arquivos podem conter uma palavra que faça menção ao evento retratado e a numeração da sequência em que elas foram feitas. Essa é a maneira mais usada e, de acordo com ela, os arquivos ficariam nomeados assim: AAAAMMDD-TEMA-XXXX, sendo A para ano, M para mês, D para dia e X o número da sequência.
A importância dos Metadados
Os dados auxiliares de um arquivos ficam ocultos, mas podem ser essencial na hora de gerenciar fotos e na hora de organizá-las. A câmera que você usa provavelmente já salva alguma meta-informação na hora que você faz a foto, como a marca do equipamento e as configurações usadas na hora da captura.
O que poucos sabem, porém, é que você também pode adicionar meta-informações para, não só organizar, como proteger seus arquivos. Algumas delas são as notificações de direitos autorais (os Creative Commons), a inclusão de tags com os temas e nome das pessoas e itens que foram fotografados, informações de localização por GPS, entre outros metadados de sua preferência…
A internet oferece diversos aplicativos que fazem a leitura e permitem a edição desses “dados ocultos”. O interessante é baixar aqueles que atendam às suas necessidades. Não adianta se dar ao trabalho de modificar todas essas informações se para você não é útil, ou se para você basta a nomeação das pastas e arquivos para gerenciar as fotos.