A notícia de que a Nikon estaria encerrando suas atividades com câmeras semi e profissionais no Brasil deixou muita gente chateada e surpresa, principalmente aqueles que haviam adquirido um aparelho da companhia recentemente. A fabricante deixou claro que vai prestar todos os serviços de garantia e assistência técnica aos consumidores, uma noção que, agora, é corroborada pela PROTESTE.
Em comunicado à imprensa, a organização de defesa dos consumidores afirma que, mesmo com o fim das operações no Brasil, a empresa é obrigada a cumprir a garantia estipulada na compra do produto. Isso vale, também, para a prestação de serviços técnicos, algo que a Nikon afirmou que vai continuar fazendo mesmo após sua saída do país.
De acordo com as informações oficiais da fabricante, quem tem câmeras, lentes e outros acessórios ainda na garantia deve preencher um formulário online disponível em seu site nacional, que deve permanecer no ar. É por lá que os usuários vão realizar solicitações de suporte ou assistência técnica — no momento em que esta reportagem é escrita, entretanto, a página indicada se encontra inacessível. Já quem possui aparelhos fora do período de cobertura deverá procurar a Nikon nos Estados Unidos, que continuará prestando suporte.
Diante destas informações, a PROTESTE alerta aos usuários de produtos Nikon que todo o envio de equipamentos dentro da garantia deve ser pago pela fabricante. Além disso, aponta que, por mais que não esteja atuando no Brasil, sua saída aconteceu por uma questão estratégia e, sendo assim, ela é obrigada a seguir as regras nacionais de defesa do consumidor.
Isso inclui, por exemplo, o cumprimento de um prazo máximo de 30 dias para conserto dos produtos defeituosos que ainda estão na garantia. Temos, inclusive, um grande nó, pois, levando em conta que os equipamentos provavelmente serão enviados para fora do Brasil, garantir um retorno em menos de um mês soa bastante improvável, principalmente quando se leva em conta a situação logística do país no que toca as encomendas internacionais.
A saída da Nikon do Brasil pode ter sido vista como repentina para muitos usuários, mas não é necessariamente uma surpresa. Em novembro de 2017, a empresa anunciou uma suspensão nos lançamentos e vendas de produtos por aqui por conta de uma “reestruturação global”. Apesar disso, câmeras, acessórios e outros equipamentos em estoque continuaram a serem comercializados por representantes, com muita gente nem mesmo sentindo os reflexos da decisão.
Agora, entretanto, os dispositivos da marca passam a ser apenas revendidos no país, sem qualquer representação local e oficial da Nikon. No Brasil, ela permanece atuando apenas com sua divisão voltada à microscopia.
Fonte: PROTESTE