Não sou tão viajante quanto gostaria, mas acho que poucos conseguem atingir esse nível, não é mesmo? Porém, algo que sempre escutei quando o assunto era ir a alguma parte do Brasil, principalmente nos pontos turísticos mais “badalados”, o que sempre ouvi foi a seguinte frase: “Muitas vezes, viajar na América do Sul sai mais barato do que ir ao Nordeste, por exemplo”.

Pelo câmbio de moedas sempre fez sentido, mas, por via das dúvidas, preferi nunca mostrar propriedade nisso até ter a experiência de realmente viver na pele essa situação. Algo que foi possível no ano passado em uma muito prazerosa visita a Montevidéu, capital do uruguaia, junto de minha amada esposa Aline. Que rendeu, como não poderia deixar de ser, ótimas fotografias a luz natural.

Logo quando chegamos a cidade, algo que nos impressionou positivamente foi a questão da proximidade dos pontos de interesse. Acostumados a proporções como da cidade de São Paulo, visitar muitos dos locais que queríamos além das indicações dos amigos “na sola” foi muito fácil e até mesmo agradável, facilitando com que nos sentíssemos muito a vontade.

Não fica muito difícil de se deduzir essa questão por uma aspecto lógico: A diferença de dimensões. Enquanto toda a capital paulista comporta 11 milhões de habitantes, na capital dos nossos vizinhos habitam 1,5 milhão.

Outro ponto que precisa ser ressaltado é de que, no que se refere a belezas de caráter unicamente natural e não urbana, Montevidéu não será necessariamente o destino mais encantador do continente, porém vai ter um charme que certamente o fará voltar. A junção das Ramblas (calçadões a beira do Rio de la Plata) com a paisagem urbana quase que de uma vila formam um excelente ambiente.

A maior cidade do Uruguai tem em seus museus, monumentos e igrejas uma verdadeira potência arquitetônica e histórica muito ricas. Desde os assuntos mais corriqueiros como o Museo del Carnaval (sim, o nosso!) ou o Museo del Tango (já que a primeira música do gênero foi composta em um famoso ponto de encontro da boêmia nos anos 10) até mesmo a experiências mais inesquecíveis como o Museo de los Andes, contando a incrível história dos sobreviventes de um acidente aéreo em meio ao gélido clima da Cordilheira dos Andes.

Ah, outra coisa que certamente não podemos deixar de considerar é como se consegue comer bem nessa cidade, principalmente em relação as carnes e aos tão falados doces de leite. Simplesmente incríveis! Ponto perfeito, peças lindas e uma menção honrosa também aos queijos que, apesar de não terem fama, surpreendem pela excelente qualidade.

O saldo final foi muito positivo, já que financeiramente não foi nem de longe uma viagem “pesada”. Fizemos praticamente todas as viagens que gostaríamos e ficamos com a sensação que novas fotografias, seja com uma câmera ou um smartphone, serão feitas por nós na prazerosa Montevidéu.