Poucas sensações são capazes de se equiparar, para um fiel amante do mundo da fotografia, ao ato de apreciar um bom clique. Nesse sentido, é preciso reconhecer que a composição envolvendo iluminação, ângulo e tonalidades são capazes de passar as mais poderosas mensagens. Tanto para nos fazer sorrir como para emocionar ou mesmo refletir.

Porém, tão importante quanto ter a ciência desse aspecto, é entender que o poder da fotografia vai além do que atuar enquanto mensagem. Na verdade, uma composição mais precisa e honesta do que representam o resultado da captação nas mais diferentes câmeras é, também, um importante meio.

Quando se chega a resultados expressivos em uma, duas ou dez fotografias, é difícil imaginar que tal processo se deu apegado, unicamente, a questão tecnológica. Mesmo sabendo que, com o rápido processo de evolução que vive o setor, os recursos são cada vez mais capazes de fazer importantes compensações.

A importância de reforçar o conceito de fotografia enquanto meio se dá, principalmente, nos rumos que cada responsável por levar a arte adiante quer dar para suas imagens. Mais especificamente, de que forma o fotógrafo entende que seu olhar particular sobre o mundo pode agregar em diferentes questões estéticas, sociais, econômicas etc.

Em suma, para fazer com que a mensagem esteja de acordo com sua intenção no momento de tirar determinada foto, é preciso compreender o ato de fotografar como um meio. Um meio capaz de criar (ou conduzir) narrativas, constituir tendências, estabelecer parâmetros etc.

Exercício prático

Se tudo isso parecer um tanto quanto vago ou complexo, um simples exercício de observação é capaz de responder o nível de compreensão que uma imagem obteve dessa junção de conceitos.

Isso porque, se ao fim da observação de uma imagem, você foi capaz de desenhá-la em sua mente e se sentiu impelido a pensar sobre a mesma, certamente, o objetivo foi alcançado.