A agilidade que uma câmera consegue captar as imagens faz toda a diferença para aumentar as chances de obter o ‘clique perfeito’. Afinal, quem tem a fotografia como profissão ou mesmo hobby, sabe da dificuldade que pode ser a busca pelo melhor ângulo, o melhor momento, a iluminação mais favorável etc. Entretanto, certamente todos esses pontos ficariam mais simples se você estiver portando a câmera mais rápida do mundo, não é mesmo?
Pois foi essa a proposta de um grupo de pesquisadores situados no Canadá. Assim, o resultado recebeu o nome, em termos resumidos, de SCARF. A sigla em questão abrevia o termo em inglês Swept-coded Aperture Real-time Femtophotography ou, em português, femtofotografia em tempo real com abertura codificada por varredura.
Em suma, a mudança no funcionamento habitual de um equipamento fotográfico transformou a realidade de frames por segundo alcançada pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Científicas de Quebec (INRS). Algo, aliás, que foi determinante para se chegar ao resultado da câmera mais rápida do mundo.
Isso porque, habitualmente, as câmeras precisam captar frame por frame e, somente então, fazer a compilação para a devida formação da imagem. No caso do SCARF, o mecanismo chamado de imagem passiva de femtosegundo permite uma abissal mudança de abordagem. Ao ponto de, enquanto câmera com velocidade extrema na atual realidade operem em até 100 frames por segundo, o SCARF chegue a 156.3 trilhões de FPS. Sem dúvida (e, com sobras), a câmera mais rápida do mundo.
Desse modo, tal equipamento seria capaz de fazer imagens de eventos científicos onde os sensores atualmente inseridos no mercado não possui velocidade suficiente para captação. Como, por exemplo, a desmagnetização de de um metal ou a absorção de semicondutores.