O cenário econômico global vive momento onde duas nações se posicionam nos extremos de uma verdadeira “guerra fria”. Estamos falando, evidentemente, das imposições em forma de tarifaço dos Estados Unidos contra a China. Entretanto, que afeta, essencialmente, todas as nações que possuem relações comerciais com os norte-americanos.
Em razão disso, torna-se necessária uma análise sobre como esse movimento pode afetar nos preços dos equipamentos fotográficos ao redor do mundo. Por isso, o Blog eMania capta as falas de figuras conhecedoras do mercado que, originalmente, falaram com o portal especializado Digital Photography Review.
Na avaliação de Anjali V. Bhatt, gerente de comunicação e pesquisador no Peterson Institute for International Economics (PIIE), três das gigantes do setor podem minimizar o impacto em determinados itens. São os casos, nesse sentido, de Canon, Nikon e Sony no mercado de câmeras e lentes.

Entretanto, mesmo reconhecendo certa vantagem da Canon, por questões de logística de fabricação, ele faz um alerta relevante. Isso porque, quando se fala em produtos periféricos como tripés, a fabricação habitual em nações como China e Tailândia podem render uma majoração de preço notória:
“Os produtos da Canon fabricados no Japão podem se tornar mais acessíveis do que os da Nikon ou da Sony para produtos comparáveis/substitutos, dependendo de onde o equipamento é enviado. Como a Nikon e a Sony também têm amplos recursos de produção no Japão, é possível que elas transfiram a produção de volta para o Japão, longe da Tailândia.”

Mudançs dolorosas e caras
Quem também avalia o impacto do cenário de tarifaço é Justin Wolfers, professor de Políticas Públicas e Econômicas da Universidade do Michigan. Na sua análise, a depender de como a estrutura de produção de equipamentos fotográficos se formatar, alguns itens vão se tornar financeiramente inviáveis para importação. Não apenas para o consumidor final como também para seus atuais revendedores:
“Se houver equipamentos provenientes de países com tarifas elevadas, como a China, as tarifas podem torná-los tão pouco competitivos que os varejistas abandonem totalmente a marca em vez de importar câmeras que não venderão. Tudo isso causará muitas mudanças e tumultos a curto prazo, que serão dolorosos e caros.”