Pela paixão que todos os esportes são capazes de despertar no ser humano, é muito comum que essa sensação de adrenalina misturada a elementos como a vontade e pertencimento a um grupo ou mesmo a gana por sempre querer a vitória, não importa em que âmbito for, conduza profissionais a optarem por estar cada vez mais perto da área esportiva.
Seja escrevendo textos opinativos por hobby, trabalhando na área jornalística em questão ou mesmo se especializando na fotografia esportiva, cada um sempre procura a sua maneira preencher esse tipo de sentimento com algo que o torne cada vez mais íntimo da modalidade preferida: Futebol, vôlei, basquete, handebol, dentre muitas outras.
Por questões já estatisticamente comprovadas não só no Brasil como em todo o mundo, o futebol é o esporte mais praticado e certamente um dos mais assistidos. Porém, é certo que aqueles que tiveram a oportunidade de estar acompanhando tanto pela televisão como ao vivo o jogo entre Universidad de Chile e Santiago Wanderers pelo campeonato chileno não imaginavam que um fotógrafo seria quase que uma das “estrelas” da partida.
Em um lance onde o jogador Mauricio Pinilla, da Universidad, havia acabado de tentar um cruzamento sem muito sucesso a grande área do Wanderers, ele acabou não conseguindo se controlar e trombou com o fotógrafo Fernando Campos que trabalhava a beira do campo fazendo os tradicionais registros que podem figurar nos mais diversos sites, portais e revistas futebolísticas.
Além dessa trombada forte o suficiente para levar ambos ao solo, em um acesso de fúria Pinilla não apenas afastou a câmera para se levantar, mas a jogou com violência para longe, danificando o equipamento do profissional que atua pelo periódico de Santiago La Cuarta. A partir daí, uma intensa discussão se iniciou nos noticiários locais, sendo inclusive levantada a possibilidade do jogador ser punido por até seis rodadas devido ao ato.
Logo depois do ocorrido, apesar de reconhecer que cometeu um equívoco ao lançar para longe a câmera quando se levantou, o jogador disse que a Associação Nacional de Futebol Profissional, principal órgão do esporte no país sul-americano, deveria estudar melhor o posicionamento dos fotógrafos em campo, alegando que chegou a se cortar com a queda muito pelo fato dos profissionais em questão ficarem a pouco mais de um metro das quatro linhas.
Diretores da empresa que teve o equipamento fotográfico danificado pelo atleta chegaram inclusive a se reunir com o próprio Mauricio Pinilla para informar que, para fazer o ressarcimento do material quebrado, teria de ser paga a quantia considerável de cinco a sete milhões de pesos chilenos (valor entre R$ 26 e 36 mil).