No artigo anterior, ” O que é Fotografia Still “, eu falei para quem não é fotógrafo ou é, mas não está familiarizado com a fotografia Still, falei de forma simplificada: o que é, para que serve e como funciona.
Então, digamos que você leu e gostou da ideia, gostaria de saber um pouco mais. Este artigo é pra você: hoje falaremos sobre os equipamentos mais comuns utilizados na fotografia Still dedicada ao e-commerce, aquela tradicional com fundo branco sabe? Vem comigo!
A Câmera
Bom eu uso uma Câmera DSLR. Basicamente qualquer Câmera DSLR atende uma quantidade razoável de demandas. Dá pra usar Câmeras Mirrorless ou Câmeras SuperZoom? Até dá, mas é provável que em algum momento você precise trocar de lente e nesse sentido, vai encontrar limitações. Naturalmente, existem outros tipos de câmeras, como as de médio e grande formatos, mas estas são utilizadas em trabalhos bem mais específicos.
Tripés
É tão importante quando a câmera. É claro que haverá exceções e o fotógrafo preferirá trabalhar sem ele em determinado momento, mas via de regra, ele é crucial para evitar imagens tremidas. É muito comum na fotografia Still para e-commerce, fazer fotos de vários produtos em sequência, utilizando o mesmo cenário (com pequenas variações, a depender do tipo de objeto). O tripé para câmera, portanto, garante que todas as fotos sairão nos mesmos ângulos, fora o ganho de tempo por poder deixar a câmera já posicionada e trocar apenas o objeto que se quer fotografar. Importante: antes de comprar o tripé, tenha certeza de que ele suporta o peso da sua câmera com a lente.
Lente Fotográfica
Ok, quanto mais melhor, a gente sabe: uma Lente macro 100mm, por exemplo, faz um belo trabalho. Mas a boa notícia é que na fotografia para e-commerce ela não é obrigatória. Aquela Lente 18-55mm, que geralmente é desprezada, já dá pra começar. Aliás eu tenho uma Lente 18-135mm STM e particularmente gosto bastante dela. À medida em que o volume de trabalho for aumentando, você vai fazendo upgrades.
Iluminadores Tochas
Existem diversos modelos de flash tipo tocha, marcas e preços no mercado. Mesmo as mais simples já realizam um bom trabalho. As tochas possuem duas características que eu considero importantes, são elas:
Luz de modelagem: é uma luz continua que fica acessa coma finalidade de auxiliar o fotógrafo no posicionamento da tocha, de modo que é possível ter uma prévia do comportamento da luz sobre o objeto.
Potência: devido à grande variedade de tochas no mercado, você pode escolher a potência que lhe permita o melhor custo benefício, baseado no tipo de trabalho que pretende realizar. O mais importante é que essa potência possua um ajuste linear (potenciômetro), de modo que seja possível fazer ajustes finos na intensidade da luz. É interessante adquirir tochas mais potentes, para não precisar usá-las no limite de sua capacidade, o que resulta em maior tempo de vida útil.
Também é possível usar Flash Speedlight (inclusive eu uso um), mas ao contrário da tocha ele não possui luz de modelagem, fora a necessidade de pelo menos dois jogos de pilhas (a depender da sua demanda), por isso utilizo apenas quando necessário, ou seja, quando as tochas não são em quantidade suficiente. Além disso, os speedlights costumam ser mais caros que as tochas de entrada e como você precisará de pelo menos duas unidades, já pode deduzir que o custo será relativamente alto. Mesmo assim, há quem os prefira. Questão de gosto.
Tripés e Girafas
Tanto as tochas quanto os speedlights precisam desses suportes, afinal é preciso posicionar as luzes. O tripé de iluminação girafa é particularmente interessante, pois permite usar ângulos de iluminação mais diversificados. É importante que os tripés não sejam muito leves, para não tombar com o peso dos equipamentos sobre eles.
Disparador e Rádios Flash
Caso você escolha a tocha para trabalhar, é preciso dizer que se sua câmera não possui uma entrada tipo pc no próprio corpo (geralmente as câmeras mais caras é que possuem essa entrada), você vai precisar de um adaptador igual a este abaixo, que irá acoplado à sapata da câmera, para então poder fazer o disparo.
O rádio flash elimina a necessidade desse adaptador e consequentemente, elimina o cabo de sincronismo (que, diga-se de passagem, é muito frágil), ligado à câmera. Pode parecer pouca coisa, mas um cabo a menos passando pelo chão pode significar mais segurança para o fotógrafo, tanto pelo risco de se tropeçar no cabo e derrubar a câmera, quanto por eliminar o eventual risco de choque elétrico ou danos elétricos, caso eventualmente volte energia da tocha para a câmera, pois o rádio A manda sinal para B, que acionará a tocha. Além disso, a ausência do cabo ligado à câmera lhe dará mais mobilidade, possibilitando trabalhar em distâncias e ângulos variados.
Se para as tochas o rádio é “opcional”, para os speedlights é praticamente obrigatório. Ok, até dá pra acionar o speedlight usando o flash popup, mas como nesse caso o flash precisa estar num ângulo favorável em relação à câmera, nem sempre vai funcionar. Você pode começar testando sem o rádio, mas é provável que vá optar por ele em breve.
Rebatedores e Difusores
O rebatedor fotográfico mais usado é sem dúvida o isopor, justamente pelo seu baixo custo e distribuição uniforme da luz, devido à sua porosidade. Mas essa mesma porosidade pode causar problemas ao se trabalhar com objetos reflexivos (podemos tratar das características dos objetos em outro artigo, não me deixem esquecer), então outros materiais, como papéis diversos ou mesmo os rebatedores 7 em 1, podem ser interessantes. Inclusive, eles possuem um difusor que talvez seja a peça mais útil do kit, pois são excelentes para obter uma luz mais suave. Em todo caso você também pode usar outros materiais como difusores, tais como papel vegetal e tecidos diversos.
Softbox
O softbox também é um tipo de difusor e muito utilizado nas tochas e speedlights. Há diversos tamanhos e a escolha deve levar em conta os tamanhos dos produtos que você precisará fotografar, lembrando que quanto maior o softbox em relação ao objeto, mais suave será a luz obtida.
Mesa Still
Que funciona, funciona, isso não se discute. Mas é realmente um equipamento sobre o qual há controvérsias quanto à sua versatilidade, pois o seu tamanho impõe limitações, dependendo do tipo de trabalho. Eu arriscaria dizer que é mais interessante para o dono de uma pequena loja virtual (supondo que ele saiba usá-la, claro), por exemplo, que pode não ter capital para contratar um fotógrafo profissional já no início, uma vez que o fator estoque torna esse custo mais ou menos viável. Mas vale dizer que essa é a minha opinião isolada, afinal conheço quem use a mesa still e se dê muito bem com ela. Confira um modelo de mesa Still profissional.
Como alternativa à mesa still eu daria uma sugestão que funciona pra mim e que apresenta um bom custo benefício:
- 2 cavaletes, para servir de base;
- 1 tampo de vidro transparente (pelo menos 6mm);
- 1 fundo infinito branco.
Obviamente há inúmeras outras possibilidades na Fotografia Still, mas hoje estamos falando apenas do essencial. Vamos tratar de outros temas em breve, fique ligado!
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