As reações do mercado fotográfico por conta do “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump a China seguem aparecendo em profusão. Dessa vez, quem se moveu para minimizar os impactos da alta taxa de impostos foi a fabricante de lentes japonesa Tamron.
De acordo com informação do portal especializado Digital Photography Review, a empresa tem um plano para maior equilíbrio na distribuição de seu processo fabril. Atualmente, 65% das lentes da Tamron são feitas em solo chinês, algo de caráter muito desfavorável no atual cenário econômico.
Desse modo, a ideia da empresa originária do Japão é ampliar as operações em outro país da Ásia onde conta com fábricas: o Vietnã. Além dos 10% pertencentes a fabricação em solo japonês, os outros 25% vem de estruturas estabelecidas em território vietnamita. Dentro do atual planejamento, o intuito é aumentar esse percentual para 45%.

Em razão da complexidade do plano, a previsão é que tal distribuição fabril só esteja devidamente consolidada no ano de 2028. Entretanto, isso não significa que mudanças já não estejam em curso para lidar com a guerra tarifária tendo o menor prejuízo possível.
Uma das mudanças se dá na origem da produção imediata onde apenas 15% dos produtos fotográficos em geral (não apenas as lentes da Tamron) estão na China. Enquanto 25% são provenientes do Japão, a massa significativa dos produtos (60%) estão em produção no Vietnã.
Ao menos em caráter imediato, diferente de empresas como Sigma e Canon, por exemplo, a Tamron não trabalha com a ideia de repassar os custos tarifários para o consumidor final. Entretanto, a ideia não está totalmente fora de cogitação. Tudo irá depender dos rumos que as negociações do “tarifaço” tomarem nos próximos meses entre Estados Unidos e China.