Qual é o preço que se pode pagar para ter acesso ao melhor do que a arte pode oferecer? Até que ponto você estaria disposto se fosse um pintor, um cantor ou mesmo trabalhasse com fotografia para conseguir as imagens, sons e sensações mais perfeitas com sua câmera fotográfica, sua tela ou sua música?
Certamente essa não é uma pergunta fácil de se responder, afinal cada pessoa tem conceitos diferentes de arte ou mesmo conceitos diferentes do que realmente considera belo/recompensador no sentido artístico. Isso, obviamente, significa maneira diferentes de se esforçar para conseguir tal resultado.
Na visão do fotógrafo russo Alexander Khimushin, por exemplo, isso significou uma peregrinação que passou por nada menos do que 85 países diferentes em um período de nove anos para captar as melhores imagens possíveis referentes a populações indígenas. Mais precisamente, tribos que pertencem as geladas áreas da Sibéria e da Mongólia visivelmente mantenedoras de suas tradições.
Para quem pensa que essa verdadeira expedição feita pelo profissional russo se deu com um amplo equipamento estrutural e de mobilidade ou mesmo suportado por um largo staff de pessoas a sua volta, está redondamente enganado. As únicas “companhias” de Khimushin foram somente a sua câmera digital e uma SUV que o conduziu por toda a extensão territorial relatada.
A partir desse extenso trabalho de captação das mais diferentes vertentes da cultura dessa região, surgiu o The World in Faces, privilegiando principalmente o aspecto tratado pelo fotógrafo de exaltar as tradições ancestrais que ainda hoje são mantidas por várias tribos.