Para aqueles que usam a internet há mais tempo, o MySpace era a referência no assunto de formar conexões. Seja na integração entre pessoas como na divulgação de conteúdo musical. Não por acaso, ele já ostentou o posto de rede social com mais inscritos em todo o mundo com seus 300 milhões de usuários. Se considerarmos que estamos falando dos anos 2000, é uma estatística incrível.
Nesse sentido, a crença global sempre foi de que, com o surgimento em 2011, o Facebook foi o grande algoz do MySpace. Afinal a rede social em questão surgiu com a mesma proposta e ganhou rápida popularidade em movimento que ofuscou a sua concorrente. Porém, não é isso que acredita o atual CEO do MySpace, Tim Vanderhook.
Em publicação no Linkedin, o executivo aponta que o movimento para a queda do MySpace é de maior responsabilidade do Google e não de seu concorrente direto no setor. Para Tim, desde a aquisição do YouTube por parte da gigante da tecnologia, movimentos foram feitos com o intuito de dominar o mercado. Consequentemente, colaborando para minar o alcance de sua companhia.
Confira alguns trechos do relato de Tim Vanderhook
“Todo mundo acha que o Facebook matou o MySpace, mas o verdadeiro assassino foi o Google – usando seu monopólio para nos desmantelar peça por peça. Se isso pode acontecer com o maior site do mundo, pode acontecer com qualquer um. No final de 2006, o Google adquiriu o YouTube e rapidamente o integrou ao seu ecossistema. Ao licenciar vídeos musicais, que agora representam cerca de 30% de todas as reproduções do YouTube, o Google posicionou o YouTube como a força dominante que é hoje, competindo diretamente com a fortaleza musical do MySpace”, disse o executivo.
“Mas o Google não parou por aí. Eles sabiam que o controle do tráfego de pesquisa era fundamental para dominar a Internet. O Google manipulou os resultados de pesquisa, priorizando suas propriedades, como o YouTube, em relação aos concorrentes. A aquisição da DoubleClick permitiu que eles redirecionassem os dólares de anúncios e o tráfego para longe do MySpace, tirando nossa visibilidade e engajamento”, acrescentou.