Em 2012 a Leica Null-Serie, produzida para teste em 1923, desbancou todas as engenhosas câmeras fotográficas profissionais com lentes poderosas e assumiu o posto de câmera mais cara do mundo. Também conhecida como “Serie Zero”, o protótipo vintage da Leica, com filme de 33 mm, foi vendido por 2,16 milhões de euros, que corresponde a cerca de R$ 5 milhões. A venda foi realizada em um leilão na cidade de Viena, na Áustria.
Apenas 25 unidades da Leica Null-Serie foram produzidas. Estima-se que apenas 12 continuam funcionando nos dias de hoje. Foi esse modelo o responsável pelo lançamento da primeira Leica a ser comercializada, a Leica I, lançada em 1924, que se tornou a primeira câmera de 33 mm portátil no mercado mundial.
O leilão
Fotógrafos, colecionadores e amantes da fotografia de todo o mundo lançaram ofertas para adquirirem o raro protótipo. Elas começaram a 300 mil euros (que gira em torno de R$ 700 mil). Em quatro minutos, o preço já beirava a casa dos dois milhões de euros.
Até então, o recorde de preço pertencia a WestLicht Photographica, que foi vendida também em um leilão em Viena por 1,32 milhões de euros, ou cerca de R$ 4 milhões.
Por que uma Leica se tornou a câmera mais cara do mundo?
O leilão de uma câmera fabricada em 1923 e o conhecimento de que existem outras 11 máquinas iguais que funcionam no mundo só mostram a impressionante qualidade e durabilidade dos produtos da marca alemã, que para os amantes da fotografia, justifica os preços altos.
No mesmo ano do leilão, donos de lugares dedicados a produtos de luxo se animaram ao saber que, além dessas 12 Leica Null-Series, havia duas edições limitadas – e funcionando – da Leica M9-P, uma câmera digital revestida em couro de bezerro.
Apesar de ser bem mais barata que a Null-Serie leiloada, a Leica M9-P era igualmente inacessível, já que das 300 unidades produzidas, cada uma custava, em 2012, US$ 25 mil. O mesmo equipamento, mas da série exclusiva “Limitee Jean-Louis Dumas”, custava o dobro: US$ 50 mil com direito a três lentes.
Outros itens para colecionadores no mercado
Leica M-Monochrom
Os colecionadores que não têm tanto dinheiro assim, mas carregam o mesmo amor pela fotografia no peito também têm opções. Ainda na linha e tradição da Leica, mas mais acessível, no mesmo ano foi divulgada que a Leica M-Monochrom também estava no mercado e por “apenas” U$ 8 mil, preço alto, mas bem menor que as outras opções.
Com a mesma estrutura da M9, a M-Monochrom se destacou porque possui uma característica que poucas câmeras têm na era do digital: ela só fotografa em preto e branco e com qualidade Leica.
Isso quer dizer que a imagem que esta câmera produz nem se compara com as imagens que câmeras modernas fazem na opção “preto e branco”. As câmeras modernas e digitais produzem fotos coloridas por causa de vários filtros que ficam na frente do sensor de captura de imagem. Depois, o processador do equipamento junta os pixels para demonstrar as cores reais.
Já na M-Monochrome, esses filtros de cor são dispensáveis e o processador da câmera não precisa juntar os pixels. Com essas etapas dispensadas, o resultado é uma imagem com mais qualidade e definição – e preta e branca.
Leica X2
Ainda mais barata que a Monochrome é a Leica XV, disponível por US$ 2 mil. Ela possui um sensor de 16 megapixels, formato APS-C, lente fixa com distância focal equivalente a uma de 36 mm e abertura máxima de f/2,8. Esse equipamento é ideal para fotos com pouca luz.
Apesar de ser considerada uma das melhores câmeras reflex profissionais, alguns fotógrafos consideram o preço salgado para um equipamento que não tem zoom.
Leica V-Lux40
A próxima na lista de câmeras mais caras da marca que tem a câmera mais cara do mundo é a V-Lux40. Essa é uma compacta superzoom com aproximação de 20x, sensor de 14 megapixels e localizador GPS.
Esse equipamento custa US$ 699. O curioso é que o mercado da fotografia considera a V-Lux40 irmã da Panasonic Lumix ZS20, que custa a metade desse preço. Uma curiosidade, inclusive, é que a Panasonic e a Leica são consideradas duas marcas que sempre estão no “mesmo nível” quando têm as suas linhas de câmeras compactas comparadas. Ao contrário do equipamento da Leica, a da Panasonic custa US$ 350.
As 10 câmeras fotográficas mais caras do mundo
Quer saber quais são as dez câmeras fotográficas mais caras do mundo? O Blog Emania te mostra:
10º Lugar:
Nikon D4
Valor em dólares: US$ 6.000,00
Valor em Reais: R$ 13.200,00
A D4 é a top de linha da Nikon. Ela é uma DSLR Full-Frame Profissional com sensor AF de 16mp, ISO de até 204.800 e captura de vídeo em 10 qps.
9º Lugar:
Canon 1 Ds Mark III
Valor em dólares: US$ 7.000,00
Valor em Reais: R$ 15.400,00
A Câmera Canon EOS 1Ds Mark III é a top de linha das DSLRs profissionais da marca. Possui sensor Full-Frame CMOS de 21,1mp, captura até 5 fps.
8º Lugar: Pentax 645d
Valor em dólares: US$ 10.000,00
Valor em Reais: R$ 22.000,00
Com uma resolução ótima de 40mp, esta câmera Pentax tem o formato parecido com o sistema de 645 filmes (44 x 33mm).
7º Lugar:
Leica S2-p
Valor em dólares: US$ 30.000,00
Valor em Reais: R$ 66.000,00
6º Lugar:
Panoscan Mk-3 360º Panoramic Câmera
Valor em dólares: US$ 40.000,00
Valor em Reais: R$ 88.000,00
Esta câmera pode fazer imagens em 360 graus.
5º Lugar:
Phase One P65+
Valor em dólares: US$ 40.000,00
Valor em Reais: R$ 88.000,00
4º Lugar:
Seitz 6×17″ Digital Panoramic Camera
Valor em dólares: US$ 43.000,00
Valor em Reais: R$ 94.600,00
Câmera com design retrô e ótima tecnologia de digitalização de imagem. Tem a capacidade de capturar imagens panorâmicas de 470 milhões de pixels.
3º Lugar:
Hasselblad H4D-200MS
Valor em dólares: US$ 45.000,00
Valor em Reais: R$ 99.000,00
2º Lugar:
Susse Frères Daguerreotype Camera
Valor em dólares: US$ 978.000,00
Valor em Reais: R$ 2.151.600,00
Peça de colecionador, essa câmera foi produzida em 1839.
1º Lugar:
Leica Null-series Nº 116
Valor em dólares: US$ 2.965.000,00
Valor em Reais: R$ 6.523.000,00