Se fosse necessário listar as figuras mais influentes do fotojornalismo brasileiro, Orlando Brito seria presença obrigatória na relação. Em especial, por conta de toda a sua contribuição em obras e também produção literária na área.
Infelizmente, o mundo precisou se despedir dessa referência na arte do fotojornalismo nesta sexta-feira (11). Isso porque, aos 72 anos de idade, Orlando morreu por conta de complicações causadas por uma cirurgia no intestino.
Muitos dos mais importantes registros históricos na trajetória politica do país tem Orlando como autor. Desde o período pré-ditatorial como também as cerimonias de posse de novos presidentes. A saber, os registros das lentes do profissional ocorreram representando importantes veículos como Última Hora, O Globo, Jornal do Brasil, Veja e também Caras.
Além dos meios de comunicação existentes, Orlando Brito também foi responsável pela produção de seis livros de fotogradia (sendo a obra mais famosa delas Poder, Glória e Solidão) além da fundação da própria agência de notícias, batizada de Obrito News.
A carreira de Orlando, como não poderia deixar de ser, também rendeu frutos de caráter internacional, mostrando que o seu talento ignorava fronteiras geopolíticas. Isso porque ele obteve relevante honraria do World Press Photo Prize, prêmio concedido pelo Museu Van Gogh, em 1979. O motivo foi uma imagem sobre exercício militar onde soldados precisavam resistir a uma queda de considerável altura após se pendurar em uma espécie de tirolesa. A saber, a coletânea em questão recebeu o nome de “Uma Missão Fatal”.
Apesar de ser bastante conhecido pela atuação na área política, os mais diversos registros daquele que dizia que “a fotografia encontrava o fotógrafo” e não o contrário são possíveis de encontrar relacionados desde o povo indígena até eventos de grandes proporções como, por exemplo, edições de Copa do Mundo ao redor do planeta.