Uma ação de caráter polêmico ocorreu na cidade de Fort Worth, no estado norte-americano do Texas, onde quatro imagens expostas no Museu de Arte Moderna da cidade foram confiscadas. A saber, as fotos em questão integravam a exposição Diaries of Home (Diários de Casa, em tradução literal) e pertencem a profissional Sally Mann.
O suporte legal para o ato de caráter inédito na história do país seria de que as imagens promoviam a pornografia infantil. As fotografias são da década de 1980 e abordam situações cotidianas dos filhos de Sally onde estão completamente nus.
O início do movimento que deu força ao confisco das imagens se deu na publicação de um artigo crítico de um veículo local, o The Dallas Express.
O conteúdo em questão aponta que o museu de Fort Worth exibia a pornografia infantil com o uso de tais fotos na exposição. Ao ponto, aliás, da presença de uma opinião expressa pelo juíz do condado de Tarrant, Tim O’Hare, classificando tais fotos como “profundamente perturbadoras”.
Daí em diante, um contexto de pressão se criou por ações mais concretas em relação ao caso até que, de maneira silenciosa, as quatro imagens em questão saíram do espaço da exposição pouco antes do fim da mesma, no último domingo (2).
Em que pé está o caso?
Até o presente momento, apenas a polícia confirmou que as fotografias estão em um depósito sob administração das autoridades. Entretanto, nem o Museu de Arte Moderna ou mesmo a fotógrafa receberam qualquer notificação, considerando a situação como “investigação em curso”.
A situação levantou questionamentos entre a comunidade artística sobre os limiares entre questões legais e atos que soam como censura. Principalmente, diante do fato de que a carreira de Sally Mann sempre permeou por tais questões diante do conteúdo apresentado.
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