O impacto sanitário da COVID-19 no planeta é tão assustador quanto a sua capacidade destrutiva em relação a economia global. E, evidentemente, nem mesmo multinacionais consolidadas como a Nikon pensando na produção e venda de produtos da área de filmagem e fotografia estão ” a salvo” de terem perdas consideráveis nesse sentido.
Tanto é que, segundo comunicado emitido pela empresa na última segunda-feira (12), a mesma antecipou que haverá um baque direto da pandemia nos números do balanço financeiro da companhia, programado para ser divulgado em detalhes no próximo dia 28 de maio.
Um dos dados que mais chamam a atenção já antecipado pela Nikon se refere ao que, no mundo contábil, é chamado de “perda por imparidade”. Nesse caso, a marca perde valor por elementos de influência interna ou externa a empresa, algo nesse caso atribuído aos obstáculos criados pelo novo coronavírus em relação a fabricação e distribuição de suas câmeras, lentes e outros itens produzidos pela multinacional.
A quantia projetada pela empresa em prejuízo chega a casa dos 5,7 bilhões de ienes, equivalente na cotação em reais a R$ 315,9 milhões. Com isso, para ter uma menor incidência de tributos, a Nikon reduzirá o valor de marca mediante a desvalorização de seus departamentos.
Outros números mencionados pela centenária empresa japonesa fundada em Tóquio por Koyata Iwasaki falam em receitas previstas na casa dos 591 bilhões de ienes (R$ 32.7 bilhões) e lucros operacionais em 6 bilhões de ienes (R$ 332,5 milhões). Para se ter uma ideia da parcela de prejuízo, em comparação ao ano de 2019 esses números significam reduções em 4,7% nas receitas previstas e 70% nos lucros operacionais.