Qualquer fotógrafo iniciante é apresentado a uma enorme gama de opções de câmeras DSLR. Apesar de ser impossível mensurar a quantidade exata de câmeras DSLR no mercado atualmente, podemos citar sem nenhum esforço pelo menos 9 fabricantes, entre eles a Canon, Fuji, Leica, Nikon, Olympus, Panasonic, Pentax, Samsung e Sony. Para deixar tudo ainda mais difícil, você encontra, em média, 34 modelos diferentes agrupando todas essas marcas.
Com base nisso, podem surgir algumas dúvidas na hora de comprar a sua câmera DSLR. Por exemplo, qual delas comprar, quais as diferenças de cada modelo? A quantidade crescente de câmeras diferentes e novos modelos sendo anunciado a todo o momento, escolher a melhor câmera DSLR não pode ser considerada uma tarefa simples em fotografia.
Em alguns casos, a câmera digital SLR ideal para você, vai depender dos recursos exclusivos que ela pode oferecer. Por esta razão, neste artigo vai conferir os principais fatores que podem lhe ajudar muito na hora de escolher sua câmera DSLR.
Lentes compatíveis
Se você já possui alguma lente para câmera DSLR, isso pode influenciar na sua escolha sobre a próxima câmera que deve comprar. O que quero dizer, é que os padrões de lentes podem mudar de uma marca, ou modelo, para outro e você não quer desperdiçar aquele acessório que acabou de comprar, não é mesmo?
No caso da Canon, Nikon, Pentax e Sony, as suas câmeras DSLRs são totalmente compatíveis com lentes usadas baseadas no autofoco. O sistema Olympus 4/3, por sua vez, exige um adaptador para montagem em suas DSLRs. Já a maioria das lentes de foco manual da Nikon é compatível com a maioria de suas lentes para câmeras DSLRs, e mais, as lentes Pentax também podem ser usadas nas novas câmeras DSLRs da marca.
Contudo, para a montagem de lentes antigas em sua câmera DSLR, pode ser necessário o uso de um adaptador óptico, é o que acontece com a Canon e Minolta, por exemplo. Você também consegue encontrar adaptadores semelhantes para integrar suas lentes de foco manual a sua câmera DSLR, por outro lado, estes adaptadores podem não ser recomendados por fornecer uma leve perda na qualidade da imagem, apesar de promover a compatibilidade entre as lentes e novas câmeras DSLRs.
Se você está pensando em usar lentes de 3rd party, como aquelas fabricadas pela Sigma, Tamron e Tokina, certifique-se de que elas estão disponíveis para a câmera DSLR que está considerando comprar. Todas essas lentes 3rd party podem ser montadas em câmeras DSLR da Nikon e Canon, mas nem todas podem ser usadas na Sony e Pentax, e um número menor delas vai ser compatível com uma Olympus Quatro Terços.
Em outras palavras, se você realmente gosta da lente Tamron SP AF200 -500 / 5-6,3, deve estar ciente que ela não é compatível com uma Pentax (ou Olympus), mas vai cair como uma luva para sua câmera DSLR da Canon , Nikon ou Sony.
Preço
O preço é, obviamente, um fator importante em qualquer decisão de compra da câmera DSLR. Na loja da eMania – Foto e Vídeo, por exemplo, você encontra Câmeras DSLR com muitas variações, o preço pode partir de R$ 1.300 até pouco mais de R$ 41.000 reais.
Toda esta variação pode ser de responsabilidade da marca, dos recursos e do nível profissional que pretende alcançar com esta câmera DSLR. Uma coisa a ter em mente é que a maioria dos fotógrafos acaba gastando muito mais em lentes do que em um corpo de câmera, e essa é a forma como deve ser.
De nada iria adiantar você investir R$ 41.000 (quarenta e um mil) reais em uma super câmera DSLR e, em seguida, usar com ela um kit de lentes que custe menos de R$ 300 reais. Com certeza, este acessório não será capaz de usar todos os recursos da câmera DSLR que acaba de comprar. Deste modo, você precisa equilibrar o seu orçamento entre o corpo e a lente que deseja comprar para a sua câmera.
ISO Configurações
A maioria das câmeras DSLRs atualmente abrange a gama de ISO entre 50 até 25.600. A gama ISO que você deve escolher vai depender do tipo de fotografia que pretende fazer. Por exemplo, se você está interessado no trabalho profissional, talvez deva olhar para uma câmera que permite uma alta definição ISO.
As configurações ISO de cada câmera DSLR podem variar muito, em linhas gerais, a Canon 50D já oferece uma gama ISO de 100 a 6400. Para algumas câmeras DSLR mais sofisticadas, como a Câmera Nikon D3 e a Câmera Canon EOS 5D Mark II, o ISO pode chegar até 25.600. Mais ainda tem aquelas com um baixo ajuste de ISO, como a Sony Alpha A900 que possui algo em torno de 60 ISO.
Além do uso que dará a sua nova câmera DSLR, outro fator que pode interferir na escolha das configurações ISO, podem estar em alguns problemas decorrentes de uma gama ISO alta. Entre estas desvantagens está o ruído e algumas linhas na imagem. Manter a qualidade da imagem em altas configurações ISO é difícil.
O ruído pode ser reduzido através de técnicas de redução de ruído digital, mas essas técnicas também podem reduzir a qualidade da imagem. Por isso, se você realmente precisa usar de alta gama ISO, procure olhar para alguns exemplos de imagens das câmeras que está considerando comprar e ver quais delas lhe parece melhor, afinal de contas, nem todas as câmeras DSLR são iguais.
Ruído digital
Todas as imagens digitais tem ruído, esse é um problema comum nas câmeras digitais. O ruído digital vem de um número imenso de fontes, incluindo o sensor digital em si e os componentes eletrônicos associados a recolha do sinal analógico pelo sensor da câmera e a conversão para a forma digital.
A regra básica afirma que quanto maiores os pixels, menor será o ruído digital em sua fotografia. Conseguimos observar esta relação bem de perto, quando comparamos uma imagem de uma câmera DSLR, com outra de uma câmera digital comum. Essa alteração tem justificativa, os pixels da câmera DSLR são 10x, e até 20x, maiores do que os encontrados em um sensor de sua antecessora, por isso o ruído digital é muito menor nestas câmeras profissionais.
Comparando as câmeras DSLRs entre si, não existe uma diferença significativa quanto ao tamanho do pixel. Mesmo quando falamos de marcas totalmente distintas, o pixel varia de 5×5 à 8×8 mícrons, uma variação praticamente insignificante de apenas 2,5 vezes. Da mesma forma, todas as câmeras DSLRs possuem algum tipo de filtragem de ruído para produzir as melhores imagens possíveis e com o mínimo de ruído digital possível.
Mudanças significativas neste aspecto só são encontradas para configurações ISO acima de 800. Essas diferenças, como já vimos antes, ocorrem devido ao nível de ruído intrínseco do sensor, a parte eletrônica e, também, a quantidade de redução de ruído aplicada às imagens. Quanto melhor a filtragem aplicada pela câmera DSLR, menor será o ruído encontrado nas imagens e mais suaves serão os resultados.
De qualquer forma, experimente obter opiniões mais especificas sobre a câmera DSLR que pretende comprar, veja algumas imagens provenientes dela para então decidir se o ruído digital terá, ou não, impacto em suas fotografias.
Medição da imagem
Assim como muitos outros aspectos, os modos para medição da imagem, também são bem diferenciados nas câmeras DSLRs. Algumas delas, por exemplo, podem usar a medição por muti segmento, o mais comum deles. Nesta medição a imagem é dividida em vários segmentos, cada um é medido separadamente, e a câmera usa um algoritmo inteligente para analisar os dados e decidir sobre a melhor exposição para a fotografia em questão.
A Canon chama essa medição de “avaliativa”, enquanto a Nikon prefere o nome de “matriz”. Quando se trata de medição de múltiplos segmentos, a maioria dos sistemas fazem um bom trabalho, mesmo com 16 zonas como a Pentax K20D, ou 63 zonas como a Nikon D3. Enquanto mais zonas podem ser teoricamente melhor, as zonas extras só podem fazer a diferença para uma pequena porcentagem de captura sob condições difíceis de iluminação.
Além disso, pode existir outros modos de edição da imagem, como center-weighted, parcial e spot. A medição centralizada usa um algoritmo muito mais simples que no multi segmento e a maioria das pessoas não vai usá-la muitas vezes. Eles são mais previsíveis do que a medição anterior e, por isso, podem ser mais úteis para fotógrafos da velha guarda, que gostam de aplicar o seu instinto em suas fotografias. A compensação de medição por multi segmento pode ser mais difícil, pois você nunca pode estar completamente certo das correções “inteligentes” que a câmara já fez!
Já as medições parciais e spot, fazem uma leitura a partir de uma pequena área da imagem. A única diferença real é que o modo spot leva a sua leitura a partir de uma área menor do que na parcial. A medição parcial pode ser útil quando é fundamental que uma parte específica da imagem receba a exposição correta, mesmo que outras áreas possam sofrer com isso. Um medidor parcial típico pode utilizar o centro de 8% a 10% da imagem, enquanto que uma medição spot pode utilizar apenas 1% ou 2% da área total da estrutura.
Auto foco
A focagem automática é um assunto muito complexo e não é realmente possível prever o quão bem um sistema AF funcionará, olhando apenas as especificações do manual da câmera DSLR. Se por um lado a maioria das câmeras DSLRs alcança um bom foco com seu sensor AF com a presença da luz, elas podem não ser tão satisfatórias com pouca luminosidade.
Além disso, assim como o seu desempenho, os números de zonas de AF podem variar muito nas câmeras DSLRs. Por exemplo, a Câmera Nikon D3, tem 51 zonas AF, enquanto a Olympus Evolt E-520, tem apenas 3, quando não no modo LiveView. Em geral, quanto mais melhor, embora, para muitas aplicações, até mesmo aquelas câmeras com apenas algumas zonas AF fazem um bom trabalho.
Normalmente, as configurações de autofoco irão depender de sua intimidade com sua câmera DSLR. Se tem um grande domínio para regular o foco de sua imagem, o que pode ser mais preciso e rápido, não vai precisar se preocupar tanto com o sensor AF da câmera. Mas, se é um iniciante nesta área, recomendo usar uma câmera DSLR com mais zonas em seu sensor de auto foco.
E por falar em zonas AF, elas podem ser de dois tipos, transversal e linear. O tipo transversal é melhor, uma vez que pode se concentrar em ambas as direções na imagem, horizontal e vertical. As zonas Linear AF, por sua vez, só podem se concentrar em detalhes de uma única direção, alguns trabalham na horizontal, outros apenas na vertical. Novamente, vai precisar se concentrar nas especificações técnicas da câmera DSLR para compreender qual o tipo de zona de auto foco está disponível na que deseja comprar.
Em algumas câmeras, como na linha Canon EOS algumas das zonas de AF pode ser de alta precisão, o que significa que, com lentes rápidas como a f / 2.8 ou superior, são capazes de precisar a focagem com maior sucesso do que com lentes mais lentas.
Taxa de disparo contínuo e tamanho do buffer
Se você for fotografar um monte de esportes ou outros assuntos de ação, a taxa de disparo contínuo e tamanho do buffer pode ser importante para você. O tamanho do buffer determina o número de disparos consecutivos que você realiza antes que a câmera precise descansar. As câmeras DSLRs atuais variam entre 2,5 frames /seg (fps) – como a Sony Alpha A350 e a Nikon D40 – a 10fps, encontrado na câmera DSLR Canon EOS 1Ds Mark III, por exemplo.
A menos que você realmente necessite fotografar sequências de ação, 2,5fps será rápido o suficiente para as suas necessidades, principalmente, se for um fotógrafo amador ou iniciante. Algumas câmeras de nível médio oferecem taxas significativamente mais rápidas sem quebrar o banco, por exemplo, a Canon EOS 40D tem 6,5fps e pode gravar até 75 JPEGs antes de desacelerar.
Um grande buffer, por outro lado, só é realmente exigido para capturar fotografias de ação. Muitas das câmeras com um buffer mais lento, como aCâmera Sony Alpha A350 e a Câmera Nikon D40, pode disparar JPEGs em sua taxa máxima de quadros (2,5fps) até encher completamente o cartão de memória. No entanto, se você dispara imagens em RAW só pode obter algumas imagens antes que a taxa fique mais lenta. Por exemplo, com a Nikon D40 você pode atirar cerca de 6RAW antes que o buffer fique cheio, embora mesmo depois de isso acontecer, pode continuar a fotografar a uma taxa mais lenta, pouco menos de 2fps no caso do D40. Isso tudo porque há uma diferença entra Imagem RAW e JPEG.
Visualização ao vivo
“Live View” é o nome dado à capacidade de algumas câmeras DSLRs para exibir uma imagem ao vivo no monitor LCD, geralmente localizado na parte traseira do equipamento. Embora todas as câmeras digitais contam com esse recurso, nem todas as DSLRs são capazes de fazer isso.
A visualização ao vivo é um recurso bem discutível, já que a sua funcionalidade pode ser questionada em algumas circunstâncias. Em quanto, para alguns profissionais ele pode ser útil para obter fotos de grande qualidade, para outros pode ser um recurso totalmente dispensável.
Algumas das câmeras DLSR com este recurso, como a Câmera Canon EOS 60D, só mostra a visualização ao vivo depois de ajustar seu sensor de auto foco. Até lá, tudo o que o usuário consegue enxergar é um display LCD em branco. Outras câmeras usam um esquema de detecção de contraste com base na análise da imagem ao vivo, isto pode ser menos preciso do que o sistema de AF normal, mas não necessita que o display esteja levantado ou aberto como na 60D.
Ambos os sistemas geralmente resultam em um auto foco mais lento do que o normal, em outras câmeras, também há um atraso significativo depois de pressionar o botão do obturador até o aparecimento da imagem no “live view”. Além disso, esse recurso também usa muito mais energia da bateria do que o normal, diminuindo a vida útil do equipamento.
Se a visualização ao vivo é importante para você, não se esqueça de verificar exatamente quais recursos ele tem, ou não tem, na câmera DSLR que pretende comprar.
Tamanho do Vídeo
Atualmente, existem quatro principais formatos de vídeo nas câmeras DSLR, cada um deles com funcionalidade diferentes, são eles:
Full Frame – As câmeras DSLRs full frame possui um sensor de, 36 x 24 milímetros. Estas câmeras DSLR tendem a ser mais sofisticadas, e mais caras também. É bastante improvável que qualquer iniciante ou amador opte pela compra de qualquer uma dessas câmeras logo na primeira vez.
APS-H – Não existem muitas câmeras DSLR com este formato, o que corresponde aproximadamente ao formato H- de APS filme. A Câmera Canon EOS 1D MkIII é um exemplo, o sensor é de 18,7 × 28,7 milímetros. O módulo digital Leica R (para os organismos R8 e R9) tinha um tamanho similar, com um sensor de 26,4 × 17,6 milímetros.
APS-C – Estas câmeras DSLRs possuem um sensor do tamanho do quadro do antigo filme “APS-C de formato“, ou seja, em torno de 15 x 22,5 milímetros. A maioria dos fabricantes de câmeras DSLRs, exceto a Olympus, usam um sensor APS de tamanho – C. A Nikon refere-se à este tamanho do sensor como seu formato “DX“.
Quatro Terços – A Olympus (Panasonic) escolheu esse formato para projetar suas câmeras DSLR, que usa um sensor de 13,5 x 18 milímetros. Note que este sensor não só é menor do que os outros, mas também tem uma série de aspectos diferentes.
Tamanho e Peso
Tamanho e peso tendem a ser uma das coisas mais importantes na escolha de sua câmera DSLR. O maior fato para isso é que câmeras menores e mais leves também estão entre as mais procuradas, pois facilitam o manuseio e transporte do equipamento.
Da mesma maneira, isto pode não ser tão importante para todos, mas, se for importante para você, então as Câmeras DSLR Olympus quatro terços seria ideal. Por exemplo, a Câmera Olympus OM-D E-M5 Mark II Mirrorless tem as dimensões de 12.4 x 8.4 x 4.6 centímetros e pesa apenas 410g. No entanto, os mesmos modelos da Nikon e Canon não são muito maiores ou mais pesados. Por exemplo, a Câmera Nikon D7200, mede 1135,5 x 106,5 x 76,0 milímetros e pesa 675g, enquanto a Câmera Canon T5i, mede 133,1 x 99,8 x 78,8 mm e pesa 580g.
A importância do tamanho e peso mudam de acordo com a aplicação da câmera em seu dia a dia. Isso quer dizer, que se você pretende andar por aí com uma mochila e dentro dela todos os seus equipamentos de fotografia, o tamanho e peso de sua câmera não vai importar muito. Agora, se pretende carregar apenas a sua câmera DSLR no bolso, então, deve optar por um modelo minimalista e mais leve.
Outras características
A maioria das câmeras DSLRs estão repletas de recursos que você pode, ou não, usar sem nenhum aviso prévio. Por exemplo, alguns usam conversores A / D de 12 bits, enquanto outros usam de 14. Em princípio 14 bits são melhores do que 12, mas na prática não parece ter nenhuma diferença significativa.
Estas mesmas câmeras DSLRs têm funções personalizadas optativas, que podem ser selecionadas pelo usuário conforme a necessidade. Esses recursos permitem que faça coisas como selecionar as configurações de exposição ou ISO, opções de parada, escolher a ordem em que as fotos são tiradas entre colchetes, alterar a função dos botões de controle e comandos da câmara, etc.
Há muitas dessas funções personalizadas para entrar em detalhes sobre cada uma delas aqui. Só não se esqueça de verificar a câmera DSLR que está interessado para checar todos os recursos extras que ela pode ter e como você deve proceder para obter o máximo deles.
O mais importante de tudo, é você perceber que as câmeras DSLR, embora possam parecer semelhantes, possuem grandes particularidades, por isso é necessário conhecer cada uma delas a fundo. Às vezes, uma câmera, do mesmo fabricante, pode não atender todas as suas necessidades e será necessário optar por outro modelo, ou até mesmo, uma marca diferente.
Esquecemos de algo que você precisa saber para escolher sua próxima câmera DSLR? Então, informe no campo de comentários abaixo. Aproveite e conheça as opções de câmeras DSLR disponíveis na Loja eMania Foto e Vídeo.