Habitualmente, o instinto animal entre mães e filhotes aponta um laço difícil de se romper. Independente do tamanho da adversidade. Todavia, uma imagem que venceu um concurso de fotografia realizado pelo XI Congresso Brasileiro de Mastozoologia mostra que até mesmo esse ambiente pode se alterar.
Dentro da categoria “Vida Livre”, a imagem feita por Edu Fragoso, mostra uma filhote de onça-pintada, após o abandono da mãe, dentro da toca. De acordo com o cálculo do biólogo e coordenador científico da ONG Onçafari, a filhote que ganhou o nome de Leventina tinha aproximadamente cinco dias de existência no momento da rejeição.
Simbolismo
Na interpretação de Edu Fragoso, além do caráter artístico, a captação de sua lente possui notório simbolismo para ele e os profissionais que integram a ONG.
– Acho que essa imagem não é apenas uma “foto de bicho”, mas representa todo o esforço coletivo que nossa equipe tem feito há 11 anos para proteger e gerar informações científicas sobre as onças-pintadas na natureza – falou o biólogo para o portal g1.
– Pensei em algumas fotos que gosto bastante, mas essa foto da Leventina na toca eu ainda não tinha publicado em nenhum lugar, e quase ninguém tinha visto essa imagem. Foi então que decidi que essa seria uma oportunidade para compartilhar um pouco desse momento especial para mim com as pessoas. Eu sabia que era uma imagem impactante, mas fiquei bem surpreso por ter ganhado a premiação pelo júri técnico e pelo júri popular – acrescentou.
Apesar de ter sido premiada recentemente, a imagem vencedora do concurso de fotografia tem tempo considerável desde o seu registro. Atualmente, a onça-pintada que segue sendo monitorada pela ONG possui um ano e dois meses de idade e, felizmente, apresentada perfeito estado de saúde.