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Apple cogita entrar na batalha por conteúdo original

Nós já falamos neste blog eMania sobre o impacto que o gigante da tecnologia, Apple, tem na indústria cinematográfica e além e agora chegou o momento em que as indústrias de ...

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Apple cogita entrar na batalha por conteúdo original

Nós já falamos neste blog eMania sobre o impacto que o gigante da tecnologia, Apple, tem na indústria cinematográfica e além e agora chegou o momento em que as indústrias de ...

Nós já falamos neste blog eMania sobre o impacto que o gigante da tecnologia, Apple, tem na indústria cinematográfica e além e agora chegou o momento em que as indústrias de mídia e tecnologia têm esperado por anos. Um dos momentos mais importantes para a indústria cinematográfica pode finalmente estar chegando: Apple está explorando a ideia de entrar no negócio de programação original.

Uma história que saiu exclusivamente no site da Variety diz que esse momento está mais perto do que nunca. Fontes indicam que existem conversas preliminares em Cupertino, Califórnia, sede do colosso mundial da tecnologia, onde muitos alto executivos da Apple tem se mantido ocupados nas últimas semanas com reuniões com outros altos executivos, dessa vez de Hollywood, para avaliar o interesse de produtores hollywoodianos em liderar os esforços para produzir conteúdos de entretenimento.

Já há muitos relatos sobre  as ações de Eddy Cue, que é o homem forte da Apple sobre todas as questões relacionadas com criação e distribuição de conteúdo, desde suas negociações com os programadores para Apple TV à sua discrepância recente com Taylor Swift. Porém de acordo com a reportagem da Variety, nenhum representante da Apple quis comentar.

apple tv

Até onde vai o império da Apple?

A escala das ambições da Apple varia dependendo pra quem é feita a pergunta, mas um executivo de alto nível que falou com a Variety disse que o objetivo é criar divisões de desenvolvimento e produção que iria produzir conteúdo de longa-metragem para transmitir em uma tentativa de competir com a Netflix . A Apple está esperando para colocar uma empresa de headhunting para fazer essas contratações nos próximos meses, de acordo com a fonte, com o objetivo de estar em operação no próximo ano. Ainda não sabemos se o foco está em produzir série de TV ou filmes – ou ambos.

Outras fontes descrevem a exploração da Apple mais como um flerte, embora uma fonte tenha apontado para um sinal recente de que uma escalada de interesse está acontecendo: foi reportado que a Apple fez uma oferta sem precedentes para contratar as estrelas da série britânica “Top Gear” quando eles saíram da BBC no início deste ano. Mas a Amazon acabou vencendo o leilão para ter os astros Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond em julho.

A perspectiva da Apple ir à Hollywood tem sido cogitada pelo menos a no mínimo uma década , desde quando Steve Jobs se juntou aos estúdios para fazer shows de TV e filmes disponíveis no iTunes. Dada a relação muitas vezes turbulenta entre os setores de tecnologia e os meios de comunicação, tem sido falada muita curiosidade e boatos a respeito do porque a Apple não apenas faz seus próprios conteúdos, podendo até adquirir um estúdio sem muitos rodeios.

Tal movimento poderia ter grandes implicações no mundo de criação de conteúdo, fazendo com que haja um potencialmente confronto com outros gigantes do streaming, incluindo Netflix, Amazon e Hulu. A entrada da Apple iria afiar uma faca de dois gumes com essas produtoras que já estão balançando em Hollywood: uma nova e poderosa concorrente que poderiam orientar os globos oculares longe do mundo tradicional de televisão por assinatura, mas também, possivelmente, um novo comprador para o conteúdo de estúdios existentes.

Para a própria Apple, entrar em programação original seria significativo, mas não necessariamente faria a terra tremer. Enquanto financiar o seu próprio conteúdo exclusivo seria uma mudança estratégica interessante que poderia melhor armar a Apple em sua guerra global contra outros gigantes da tecnologia como Amazon, Google e Facebook para ser o ecossistema onde os usuários passam a maior parte do tempo, as centenas de milhões – talvez bilhões – de dólares necessários para entrar na TV e filmes é fichinha para CEO Tim Cook, que tem mais de US $ 200 bilhões em dinheiro no balanço da corporação à sua disposição.


Lucas Couto

Sou produtor de filmes independente e economista, com interesses em estudar a economia criativa e tudo que ela pode oferecer.


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