Fotografar com câmeras DSLR possibilita que um mundo de opções e variedades seja explorado, tudo de forma profissional, com muito requinte e muita qualidade.
Uma das funções mais extraordinárias nestas máquinas é, sem dúvida, a ferramenta de autofoco, que permite que o fotógrafo se dedique mais aos outros elementos que cercam a paisagem enquanto, a câmera, trabalha procurando o melhor ajuste para cada captura em particular.
O autofoco garante que o ponto de destaque da foto seja explorado ao máximo, potencializando, assim, sua importância em cada conjunto de imagens que está sendo registrada.
Porém, há muitos casos em que está função mecanizada acaba por atrapalhar o registro de determinado quadro e isso se deve a inúmeros fatores internos e externos à câmera DSLR.
Visando zerar este problema no seu dia a dia profissional, vamos falar um pouco sobre o autofoco, o que é, para que serve e como evitar esses pequenos deslizes que podem atrapalhar a execução de um bom trabalho.
Para começo de conversa: O que é autofoco?
Se você é iniciante no ramo da fotografia ou apenas um amador desta arte, que fotografa por hobby, pode ser que esteja se perguntando a essas alturas: Mas, afinal, o que é autofoco?
Pois bem, autofoco é um maravilhoso recurso disponibilizado em muitas linhas de câmeras, tanto profissionais quanto amadoras, que trabalha diretamente na focalização automática de uma imagem.
Esta ferramenta dá destaque para determinado ponto do retrato, podendo ser tanto uma pessoa quanto um objeto, de acordo com o gosto e a preferência do fotógrafo. Isso deixa a foto mais diferenciada e única, pois registra o olhar do profissional que está executando o trabalho.
E se você acha que este recurso faz parte apenas da fotografia mais moderna e recente, da era digital, muito se engana. O uso do autofoco, projetado em câmeras produzidas em massa, é datado de 1977. Desde então, esta função tem sido constantemente aprimorada para um trabalho mais dinâmico e completo.
Como funciona o autofoco?
As câmeras DSLR são as que possibilitam, hoje, o maior leque de opções de autofoco.
Simples de usar, já que, para ativar a função, geralmente, basta que o botão do disparador seja levemente pressionado, este recurso economiza o tempo do fotógrafo, permitindo que ele direcione sua atenção para outros elementos que compõem a foto que está sendo capturada.
É importante ressaltar que existem dois tipos distintos de autofoco. São eles o autofoco ativo e o autofoco passivo. Veja a diferenciação de cada um deles:
Autofoco ativo: Comumente utilizado nas câmeras compactas, é o recurso que trabalha na câmera através da emissão de um tipo de energia que detecta, sozinho, qual é a distância do objeto que está sendo fotografado.
Os modelos de câmeras mais antigas faziam este cálculo utilizando-se de sistemas sonares, como ultrassom, para determinar esta distância e ajustar o foco. Os modelos mais recentes, por outro lado, fazem este cálculo usando pulsos de luz infravermelha.
A grande vantagem desses sistemas é que, mesmo em ambientes de pouca luz, a focalização de objetos ou pessoa torna-se bem eficiente já que, por utilizar-se do ultrassom tanto faz a quantidade de iluminação presente no ambiente.
Mas, entre suas principais limitações, vale citar que o autofoco ativo não será de utilidade para imagens que sejam registradas através de janelas, por exemplo, já que a barreira ali imposta, o vidro, ditará o que deve ser focado de maneira divergente ao desejo do fotógrafo.
Objetos mais escuros ou pretos, também poderão causar certa confusão momentânea na câmera, já que podem absorver a luz infravermelha e atrapalhar a interpretação do sensor de foco.
Atenção: O sensor infravermelho, costumeiramente, encontra-se perto da lente da câmera e para fazer a focalização de objetos ou pessoas é necessário colocá-lo no meio do quadro para só, então, apertar o disparador da câmera, sempre até a metade, para que o sistema reconheça o que deve ser focado.
Após a câmera sinalizar que encontrou o objeto, podendo ser através de um apito ou de algum sinal diretamente demonstrado na tela, o fotógrafo pode fazer alterações no quadro, ainda segurando o disparador, até encontrar o momento ideal para finalizar a imagem.
Autofoco passivo: Presente nas câmeras digitais mais profissionais com lentes cambiáveis, como nas câmeras DSLR, o sistema de autofoco passivo trabalha na focalização através da análise da luz que entra pelo sensor.
O mecanismo deste recurso procura quais são os maiores contrastes entre os dois pixels mais próximos à câmera, interpretando que a imagem está devidamente focada ao encontrar este contraste.
O microprocessador da câmera analisa as imagens, observando os pixels que estão dentro do quadro, enquanto faz a melhor focalização possível entre os contrastes.
Vale ressaltar que essa diferenciação é previamente analisada devido a pontos específicos de foco da câmera sendo que este número, ou seja, o de pontos de autofoco, varia muito conforme o modelo e a marca da sua DSRL.
Este recurso é incrível e muito vantajoso, pois abre um gigantesco leque de opções de trabalho numa mesma paisagem. Basta incrementar com um bom olhar artístico para a cena e pronto: Um excelente resultado aparecerá, sem dúvida alguma!
A principal vantagem, portanto, do autofoco passivo é que independe da distância a que os objetos ou pessoas estão da câmera, pois possui um alto poder de focalização.
Já entre as suas limitações, destaca-se a necessidade de usar da luz, tanto natural quanto artificial, para fazer o foco, exigindo aparatos extras, como lanternas auxiliares, por exemplo, para sessões fotográficas em que o ambiente seja mais escuro ou turvo.
Outro problema comum é o direcionamento automático da câmera para um ponto de maior contraste que não seja aquele previamente escolhido pelo profissional para dar o destaque, que, no caso, é o foco.
Vale lembrar: Cada modelo de câmera DSRL possui um determinado número de pontos para autofoco. As mais modernas e recém-lançadas câmeras chegam a ter mais de 60 pontos AF!
É claro que este recurso é bem interessante e possibilita pôr a criatividade para trabalhar, mas é importante frisar que o conhecimento do fotógrafo sobre como utilizar toda essa potência é realmente essencial para que seja feita uma boa confecção de imagens seguida de um resultado satisfatório do trabalho, certo?
E como são constantes e comuns os erros e os problemas com o autofoco nas câmeras DSLR, selecionamos algumas dicas que lhe ajudarão a encontrar a mais rápida e perfeita solução para sua dúvida, garantindo, assim, que a sessão fotográfica não pare!
5 dicas de como resolver os problemas com o autofoco da sua câmera DSRL
1- Confira o encaixe dos contatos entre a câmera DSRL e a lente
Muitas vezes o problema do autofoco não estar funcionando corretamente é porque o encaixe da câmera com a lente não foi feito da maneira correta.
Para ajudar o fotógrafo, a maioria dos modelos de máquinas do mercado disponibiliza uma marcação que indica qual é o alinhamento que deve existir entre as partes.
Portanto, identifique esta marca diretamente no seu modelo, coloque a base da lente na câmera DSRL e gire até ouvir o clique, confirmando que o encaixe foi feito com sucesso.
2- Verifique se o AF está ativado
Na correria de uma sessão para a outra pode ser que sua câmera tenha ficado no modo MF – manual – uma pequena distração que pode atrapalhar, muito, o trabalho do profissional.
Pode ser simples, uma mera distração, mas para não correr o risco de quebrar a cabeça à toa, vale a pena sempre conferir se o modo AF está, ou não, ativado para, só então, começar a fotografar.
Veremos, a seguir, que é importante conhecer as variações nos modos de autofoco de sua câmera DSRL, afinal, esta importante função assume muitas posturas variadas, de acordo com cada modelo.
3- Segure a câmera corretamente
Outra dica simples, não é? Mas, com toda certeza, faz toda a diferença no resultado do trabalho e por isso deve ser recordada!
As câmeras DSLR são bem diferentes, podendo causar um grande estranhamento, principalmente para aqueles que são iniciantes ou amadores do ramo fotográfico. A falta de intimidade com esse tipo de máquina pode fazer com que sejam disparados botões e funções que não são esperadas para aquele momento, uma confusão bem comum a princípio!
Toda atenção, portanto, é devida na hora de manusear a câmera! Além disso, com o tempo, e com a prática, este problema tende a ser minimizado também.
4- Mantenha pinos, lentes e sensores sempre limpos
Sujeiras, de qualquer espécie, tamanho ou formato, podem arruinar, drasticamente, a qualidade das fotos. Todo cuidado é pouco na hora de manusear cada equipamento que compõe a estrutura fotográfica do projeto como câmeras e lentes.
É normal que a lente fique suja entre uma sessão e outra, afinal, ela está extremamente exposta ao meio ambiente, o que acaba com o direcionamento do autofoco, que fica confuso com a possível proximidade de manchas e riscos.
Visivelmente falando, as lentes constituem a parte mais fácil da limpeza dos aparatos fotográficos. Indo além, é imprescindível manter, também, a limpeza da parte interna da câmera DSRL, pois, além de conservar todo o equipamento por mais tempo, garante que todas as funções possam ser utilizadas livremente, com toda a capacidade.
Para fazer essa limpeza, o fotógrafo pode tanto adquirir kits específicos para sua câmera DSRL, que estão disponíveis no mercado, ou, ainda, ir até uma loja autorizada para que o dispositivo passe por este procedimento, ficando a critério de cada profissional.
5- O melhor AF para cada situação
A regra mais essencial da vida de um fotógrafo é conhecer todos os detalhes e pormenores de seu equipamento. Por que estou falando disso? Simples! O autofoco vai muito mais além do que a seleção entre manual ou automático!
Isso mesmo, como já foi citado anteriormente, cada câmera DSRL possui uma estrutura especifica no que diz respeito à função AF – autofoco. Alguns modelos possuem opções preestabelecidas, outros variam de 9 a mais de 60 pontos AF. Saber do que a sua câmera é capaz, fará toda a diferença na hora da sessão.
Cada opção disponibilizada pela função AF se adapta melhor a determinada ocasião ou ambiente e é preciso conhecer essa diferenciação antes de sair por aí simplesmente fotografando.
Veja o seguinte exemplo pra compreender melhor sobre as possibilidades de uso da função autofoco.
Modelo: Canon EOS Rebel T5i
Modos de foco automático:
One Shot: Melhor opção de autofoco para fotografias de objetos estáticos, o sistema trabalha na focalização de um único objeto sempre que o profissional pressiona o obturador até a metade. Neste modo, não será possível o acompanhamento de um ponto em movimento, por isto torna-se extremamente interessante para fotografias de paisagens, por exemplo.
AL Servo: Totalmente o oposto do modo de foco automático One Shot, é o mais indicado para fotografar objetos que estão em movimento, pois o foco acompanha o destaque enquanto o botão estiver pressionado em meio clique. A definição da área de foco é definida, apenas, quando o botão for pressionado até o fim.
AL Focus: Basicamente falando, funciona como um modo automático dentro da função autofoco. Quando esta opção está selecionada, a própria câmera DSRL alterna entre One Shot e AL Servo conforme cada quadro será registrado.
Prática: O único jeito de chegar à perfeição!
Assim como em muitas outras áreas e campos, na fotografia, é preciso exercitar toda a teoria para alcançar o nível de qualidade e profissionalismo desejado.
Fotografar requer muito senso, criatividade, conhecimento técnico e, sobretudo, dedicação. Cada fotógrafo é responsável por seu desempenho, disso não há dúvidas!
Fotos com autofoco são esplêndidas e únicas! É improvável que uma mesma imagem seja feita por dois fotógrafos diferentes e isso porque é uma arte que varia grandemente conforme a visão de cada artista.
Por isso, a dica mais útil e valiosa é essa: Pratique!
Pesquise, conheça, experimente, busque sempre se aprimorar.. Independente do nível em que você esteja, tanto como um fotógrafo iniciante quanto como um de renome e reconhecimento no mercado, busque sempre praticar, pois é apenas a prática que pode levar à perfeição.
Ouse, sempre, explorar novos horizontes, novos pontos, novos focos! Com certeza você fará trabalhos marcantes se ousar e arriscar!