Quando se fala em uma exposição fotográfica, a beleza desse tipo de ato está em temas diversos. Tanto quando falamos em ambientes poéticos e de rara beleza como de ambientes chocantes, que nos trazem para a realidade nua e crua, possuem valor artístico e cultural incríveis.
Pensando justamente na segunda alternativa dos estilos possíveis para uma exposição, o fotógrafo Alexandre de Paulo montou na cidade de São Paulo um belo exemplo de como o olhar das lentes pode ser capaz de incutir nas pessoas a sensação de estar efetivamente vivendo aquele ambiente. Mesmo em se tratando de uma distante nação na América Central como o Haiti.
Localizado na turística região do Caribe, a nação sofre com sérios problemas sociais além de desastres naturais como, por exemplo, terremotos. No ano de 2010, um evento devastador que atingiu 7 graus na escala Richter e, além de destruir inúmeras estruturas, matou pelo menos 200 mil pessoas em toda a nação.
As fotografias tiradas por Alexandre são resultado de uma longa convivência que o profissional teve com esse ambiente. Isso porque o mesmo viveu no Haiti entre 2005 até 2014 à convite, na época, do Ministério da Defesa do Brasil.
A situação que mais impressionou o fotógrafo e que ele faz questão de relatar é da possibilidade de presenciar in loco mudanças tão profundas no país antes e depois do terremoto.
“O contraste entre o antes e o depois, não só o intervalo de nove anos entre as primeiras e últimas fotos, mas, principalmente, após o terremoto de 2010, impressionou-me bastante. Ninguém consegue voltar o mesmo depois de conhecer o Haiti”, mencionou Alexandre de Paulo.
As obras em questão sob a curadoria de Luciana Cavalcanti estão expostas com o nome de “Um Olhar sobre o Haiti” na Galeria Olido, região central da capital paulista, desde o último dia 12 de março. A previsão é que a exposição dure até o próximo dia 7 de abril.