A iluminação ideal sempre que for fazer uma foto é um dos maiores desejos de todos os fotógrafos. Imagina não ter que se preocupar com luzes e equipamentos fotográficos artificiais na hora de clicar a câmera? No entanto, isso quase nunca acontece e a iluminação geralmente é mais baixa do que o necessário.
Fotógrafos amadores, nessas situações, utilizam o flash para compensar a falta de luz ambiente. Em alguns casos, o flash não prejudica a imagem e pode até gerar resultados interessantes, mas na maioria das vezes, o que acontece é o contrário, e os flashes não são recomendados. Além disso, há o caso de proibição do uso do flash, como em teatros e museus – que possuem a iluminação bem baixa. Então, como resolver esse problema?
O fotógrafo tem em mãos alguns recursos que podem ser utilizados para substituir a falta de luz e do flash. Eles vão depender da quantidade de luz no local. Alguns exemplos são o ISO, o uso do tripé e tipos específicos de lentes.
Quando o uso do flash NÃO é recomendado?
Desconsiderando os casos nos quais o flash da câmera é proibido, há algumas situações em que o uso do flash pode deixar a imagem muito escura, ou até mesmo impedir que o fotógrafo atinja o objetivo esperado com determinada fotografia. Um exemplo é a fotografia noturna com neblina: sem flash, o aspecto de mistério é atingido facilmente, já com o flash, esse ar se perde.
Em relação a fotografias com vários objetos e elementos, o flash pode chapar os elementos em primeiro plano e esconder os do fundo.
Outro tipo de foto que não combina com flash é a foto de paisagem. Esse recurso só funciona quando o elemento principal a ser registrado está no primeiro plano e todo o resto não importa tanto na imagem, já que o flash ilumina tudo que está à frente e escurecer tudo que está no fundo.
Isso acontece porque o alcance do flash, apesar de não parecer, é muito curto. Quando esse recurso de iluminação é utilizado, os controles de abertura e velocidade são ajustados para um ambiente muito iluminado, pois a câmera entende que o flash dá conta de iluminar todo o local – quando o que acontece é o contrário.
Então, como fazer boas fotos com pouca luz?
Um risco que o fotógrafo corre quando não utiliza o flash é tremer a câmera e, consequentemente, a fotografia, já que o tempo de exposição é maior quando não se há iluminação.
A velocidade mínima do obturador para uma imagem ficar nítida é de aproximadamente 1/30 de segundo. Para contornar isso, há algumas alternativas. Conheça três delas:
Apoio para a câmera
Para fotografar com pouca iluminação e sem flash, é essencial que o fotógrafo use um apoio para segurar a câmera. Os equipamentos profissionais são o tripé e o monopé, mas pode-se usar algo mais improvisado, qualquer superfície plana e firme.
Se o fotógrafo não tiver nenhuma dessas opções, o jeito é segurar a câmera fotográfica de uma maneira firme, impedindo que ela trema. Para isso, ao invés de segurar a câmera com os braços esticados, deixe-os rentes ao corpo e apoio os cotovelos na cintura. Mantenha as pernas levemente abertas para ajudar no equilíbrio. É melhor ainda se tiver uma parede para se apoiar.
ISO
O ISO é uma ferramenta das câmeras profissionais que configura a sensibilidade do sensor do equipamento à luz externa. Em ambientes mais escuros, o ideal é usar um ISO maior, porque isso pode diminuir o tempo de disparo da câmera, já que quanto maior o valor do ISO, mais luz o sensor capta.
Os fotógrafos, porém, não utilizam sempre esse recurso porque quanto mais o senso fica sensível à luz, mais perda de qualidade de imagem ocorre. As áreas mais escuras da imagem podem aparecer granuladas.
Prefira lentes com o diafragma de maior abertura
Quanto mais aberto o diafragma do equipamento estiver, mais luz passa por ele e por menos tempo. Sendo assim, a velocidade de disparo pode ser maior. As lentes normais, embutidas nas câmeras, não permitem uma abertura grande, por isso, às vezes, é necessário comprar lentes específicas. O ajuste do diafragma é medido em números “F”: quanto menor o número, maior é a abertura máxima.
Portanto, uma lente f/1.8 é considerada mais “clara” do que uma lente f/3.5, já que a sua abertura máxima é maior. Um conjunto de lentes 18-55mm, que normalmente vem com as câmeras dSLR, tem a abertura entre f/3.5 e f/5.6 e não é considerado uma lente clara.
Para comprar uma lente fotográfica com maior abertura máxima, é preciso estudar o orçamento e o objetivo que você tem com o seu equipamento, já que quanto maior for a abertura máxima, mais cara é a lente.
Em conseqüência de uma lente com maior abertura, considerada melhor para fotografias com baixa iluminação, o rendimento de trabalhos fotográficos pode ser maior, dando mais lucro ao fotógrafo. Por isso que, apesar do preso mais caro, o investimento pode ser vantajoso e gerar melhores resultados de produção.
Nas câmeras compactas não há a possibilidade de troca de lentes, porém em alguns modelos, ainda é possível ajustar a abertura do diafragma. Em situações com pouca luz, utilize essa configuração manual.