Desde que o mundo é mundo, o contraste social existe. Não há uma única época sequer onde o contraste social não tenha sido marca latente. Seja na Antiguidade, na Idade Média ou no Século XXI, a única mudança do contraste social são os nomes a eles atribuídos. Com isso, podemos relacionar de maneira ainda mais próxima ao contraste social a forma como ele é retratado. Para isso, o uso da maestria do fotojornalismo é de extrema importância.
Somente ele, com seu olhar que mistura a arte com a informação, tem sensibilidade suficiente para retratar com perfeição esse cenário. Um ambiente onde, inevitavelmente, em algum momento o choque entre mais e menos favorecidos existirá. O luxo dividido com uma tênue linha para o lixo.
Ao longo da história, podemos inclusive dizer que os retratos de contraste social moldaram consideravelmente o fotojornalismo. Isso porque o nível de percepção para posicionar a câmera, encontrar o ângulo perfeito, achar a iluminação ideal para esse objetivo é bem complicado.
Além da sensibilidade técnica, é necessário também entender a dimensão de como isso afeta o ambiente a sua volta. Mesmo bem informado e antenado as informações, é preciso realmente sentir a necessidade de retratar os contrates sociais via fotojornalismo. Com a seriedade e profundidade que eles merecem. Isso só é possível com a vivência do local onde se fotografa.
Em resumo, somente visualizar não basta. O mais importante é entender historicamente como o contraste social relatado foi constituído. O que está nos detalhes que somente a foto não consegue mostrar. Com esse nível de conhecimento, será possível captar exatamente o que esse recorte tem de carga emocional e social no exercício do fotojornalismo.
Além do papel artístico que o fotojornalismo exerce, o aspecto de consciência também pode ser exaltado ao fotografia o contraste social. Quando o impacto desse tipo de imagem chega ao grande público, movimentações e discussões voltam a pauta. A possibilidade de soluções entra de novo nos assuntos mais falados. Enfim, é o papel de trazer a tona problemas, por vezes, adormecidos pela presença constante.