É fato que a evolução tecnológica permitiu com que diferentes espécies de animais pudessem ser documentadas em fotografia ao longo da história. Desse modo, o feito de três pesquisadores, ainda na reta final de 2024, se torna tão relevante como extremamente raro.
Isso porque Harper Forbes, Prakrit Jain e Vishal Subramanyan estavam em um trabalho de campo quando conseguiram uma fotografia de caráter histórico, pois conseguiram a primeira foto de todos os tempos do Musaranho-de-Monte-Lyell. A saber, apesar de sua identificação e consequente catálogo ocorrer ainda no distante ano de 1902, por parte do biólogo Clinton Hart Merriam, não existia nenhum registro em imagem do mamífero.
O caráter inóspito do feito em relação ao mamífero foi um dos pontos de destaque quando Subramanyan falou sobre o tema para um portal de notícias californiano, o SFGATE:
“É, possivelmente, uma das espécies de mamíferos menos conhecidas da Califórnia. A fotografia é muito importante para catalogar a biodiversidade em um planeta que muda rapidamente. Quando se trata dos musaranhos da Califórnia, há poucas fotos boas por aí. Portanto, tirar essas fotos que nunca foram tiradas antes ajuda o público a entender e promover uma conexão com esses animais.”
Recado fundamental
Vishal Subramanyan aproveitou o momento de visibilidade, aliás, para fazer pontuações relevantes sobre a biodiversidade global e seu momento de risco iminente. Por um lado, ele entende que existe um considerável número de espécies para se conhecer. Entretanto, ele também frisa que é preciso acelerar o processo de catalogá-las em razão dos problemas diversos que ameaçam a sua existência.
“A maior parte da biodiversidade da Terra permanece desconhecida. As projeções sugerem que a maioria das espécies permanece cientificamente não descrita. E, das espécies descritas, a maioria permanece não fotografada. Apenas uma pequena fração foi submetida a algum tipo de estudo de campo detalhado. Esse problema persiste mesmo em locais bem estudados, como a Califórnia. Em uma era de rápida perda de biodiversidade, é importante registrar essas informações enquanto elas ainda existem e, ao mesmo tempo, combater a crise de extinção.”