Figura importante para a história da evolução tecnológica da fotografia, o físico norte-americano George Smith morreu aos 95 anos de idade. A saber, George morreu de causa não revelada, em sua residência, situada na cidade estadunidense de Waretown.
Na parte inicial de sua carreira, George Smith teve participação relevante em tecnologias de diferentes aplicações no mundo moderno. Profissional que atuava no lendário Bell Labs (hoje propriedade da Nokia), ele auxiliou no desenvolvimento de diferentes funções de lasers e semicondutores.
Contudo, a maior contribuição intelectual da carreira, certamente, veio no ano de 1969. Ainda no renomado laboratório criado pela gigante de telecomunicações AT&T, ele formou uma parceria com o físico canadense Willard Boyle onde nasceu a concepção e materialização do dispositivo de carga acoplada. Conhecido, mundialmente, pela sigla em inglês CCD (charge-coupled device).

Quase uma inovação em dose dupla
A ideia original previa que o uso do primeiro sensor digital seria no então pioneiro projeto de telefone com recurso de vídeo, o PicturePhone. Todavia, pelo alto valor de investimento e previsão de retorno apenas no médio/longo prazo, a ideia não avançou. Desse modo, a sua aplicação em caráter maciço se deu apenas em 1974, ano em que saiu a patente oficial do sensor CCD.
Os usuários de câmeras fotográficas em qualidade profissional, entre os anos 1970 e 1980, certamente usufruíram das benesses proporcionadas pelo sensor CCD. Afinal, estavam diante de imagens com grau de nitidez, até então, de caráter inimaginável. Algo que somente se equiparou, na sequência, com a chegada da tecnologia CMOS.
Sua aceitação e relevância foram tamanhas que, mais de três décadas depois, George Smith e Willard Boyle receberam o Prêmio Nobe de Física. No ano de 2009, a premiação teve, como justificativa, a seguinte mensagem:
“A fotografia digital tornou-se uma ferramenta insubstituível em muitos campos de pesquisa. O CCD proporcionou novas possibilidades de visualizar o que antes não era visto. Ele nos forneceu imagens cristalinas de lugares distantes em nosso universo, bem como das profundezas dos oceanos.”
