Antes de fazer qualquer tipo de consideração em ato de reprovar ou condenar qualquer tipo de trabalho na área da fotografia, é importante considerar que o conceito de arte é extremamente subjetivo. Principalmente quando levamos em conta o fato importante e indispensável de que o que pode ser belo, inovador e válido para uns pode ser desrespeitoso, nojento e até mesmo impróprio para outros. Tudo dependerá dos seus conceitos, gostos, referências etc.
Quando tratamos de algo tão especial e precioso como o álbum de casamento, essa situação passa a ter olhares ainda mais extremos, seja lá para qual for o “lado da balança” para que se olha. Afinal de contas, muitos tratam esse momento como impossibilitando algo mais ousado para não “manchar” um momento considerado quase como sagrado, demonstrando o momento onde a união de duas pessoas é oficialmente selada.
Porém, existe também o outro lado da moeda, principalmente quando se fala em relação a possibilidade de trazer novos conceitos, novos olhares e até mesmo um tom de bom humor bem mais aguçado do que todos estão habituados ao clima tradicionalmente romântico a fotografia de casamento.
Foi tentando seguir essa linha que o fotógrafo holandês Michel Klooster, em meio a um de seus trabalhos relacionados a álbum de casamento, decidiu de maneira conjunta com os noivos e até mesmo com a mãe da noiva fazer um foto que gerou intensos comentários para os dois lados da opinião pública. Isso porque, além de fazer parte do álbum, a imagem foi postada na rede social do próprio profissional.
Na imagem em questão, contextualizada como sendo depois do matrimônio, ambos estão em meio a uma floresta como tentando fugir dos olhares mais curiosos e a já esposa simulava o ato do sexo oral. Na legenda da postagem de Klooster haviam os seguintes dizeres: “Alguns noivos não conseguem esperar pelo fim da festa de casamento. Sorte que eles já trocaram alianças e estão oficialmente casados.”
Como não poderia deixar de ser, comentários reprovando a pose que contou com o aval não somente dos modelos da fotografia como até mesmo da própria mãe da noiva vieram aos montes na postagem. Percebendo a necessidade de argumentar sobre o tema, Michel Klooster alegou que as pessoas não precisam ser tão conservadoras como em outras épocas:
“Todos que acham isso ofensivo ainda vivem no ano de 1996, na minha opinião. Nem tudo deve ser tão formal. Vamos dar às pessoas o direito ao prazer. A vida já é cheia de pudores.”