Um vírus de características até então desconhecidas devastou (e vem devastando) o planeta. Colocou as megalópoles e suas bilhões de pessoas em casa. Enclausuradas. Temerosas de tudo o que as cercava. Momento esse onde a fotografia ganhou ainda mais importância e o Dia Mundial da Fotografia de 2020 serve também para reforçar esse conceito.
A distância física fez com que as imagens, as chamadas de vídeo, as interações nas redes sociais fossem os grandes canais de comunicação. Em um mundo onde a inclusão digital já era exaltada, a pandemia do novo coronavírus reforçou o cenário e estreitou o contato, porque não, do homem com a arte da imagem.
A fotografia sempre teve, como um de seus talentos, o poder de emocionar. De trazer para o plano da eternidade momentos felizes, especiais, inesquecíveis. A um nível que, sem ela, talvez se tornassem até passageiros diante da velocidade da vida e o poder que ela tem em moldar nossas memórias.
Porém, em adendo a essa capacidade, a necessidade de reclusão de grande parte da população global trouxe um novo significado aos resultados da captação precisa de lentes sempre atentas. Ela trouxe o mundo como ele é. A realidade sem filtros, sem rodeios, da sua face mais agradável a mais chocante. E isso, por incrível que pareça, pode tanto chocar como unir e, o mais importante, conscientizar.
Saber o que ocorria efetivamente a nossa volta e em volta do globo sempre foi de suma importância. Porém, o contexto social de pandemia tornavam esses registros, em informações e imagens, ainda mais importantes. É daí que vem a esperança de dias melhores. A previsão de dias piores. E, acima de tudo, a consciência da gravidade do panorama.
Lidar com um adversário dessa complexidade carece de informação. E o Dia Mundial da Fotografia também tem o papel de reforçar esse laço com a humanidade. Seja para entreter, seja para acalmar, mas, acima de tudo nesse momento, para informar e unir os povos. Tudo em prol da vida.