Uma pergunta muito comum sobre o mercado fotográfico (especialmente, para quem não é tão antenado no setor) é a seguinte:
“Por que essa câmera em particular é tão cara?”
Para a maioria, Hasselblad é um nome que tem sido associado a fotografias icônicas e qualidade técnica. E, em igual proporção, uma faixa de preço consideravelmente alta. No entanto, as Câmeras Hasselblad sempre foram uma marca de fotografia premium.
Afinal, por que são tão caras?
O fabricante sueco de Equipamentos Fotográficos e Câmeras de Médio Formato é conhecido por oferecer alta qualidade com suas Câmeras de Médio Formato. Porém, com valores que podem chegar a US$ 48 mil (R$ 262,9 mil, na cotação atual) apenas pelo corpo da H6D-400C Multi-Shot, por exemplo. O sensor, a ótica de alta qualidade e os fatores de desempenho são algumas das justificativas do alto custo.
Em 1948, a Hasselblad lançou sua primeira câmera para o consumidor, que custou US$ 500. Algo que, hoje, significa cerca de US$ 5.900 (R$ 32,2 mil). Da mesma forma, na década de 1970, as Câmeras de Filme da Hasselblad custavam aproximadamente US$ 5.300 (R$ 29 mil), comparando com a inflação atual.
À medida que o mercado fotográfico mudou e se voltou para o digital, a Hasselblad fez o mesmo. Isso levou, consequentemente, a um aumento massivo de cerca de 200% nos custos. Um grande exemplo é a primeira Câmera Digital da empresa, que saiu em 2004, e foi vendida por cerca de US$ 24 mil (R$ 131,3 mil). Essa faixa de preço mostra uma mudança gritante quando se compara com o modelo analógico anterior.
Composição das câmeras Hasselblad
Consistindo em três partes principais – o Digital Back, o Corpo da Câmera e a Lente – as Câmeras Hasselblad têm um sensor que apresenta pixels individuais maiores. Em troca disso, é possível ter uma gama considerável de benefícios como:
- Faixa dinâmica mais ampla;
- Cores mais precisas;
- Redução ou ausência total de moiré;
Usando o processo de calibração proprietário da própria empresa – que também foi documentado em detalhes pela própria empresa – a Hasselblad garante que cada Câmera alcance as cores e a qualidade de imagem representativas da vida real, como no caso dos tons de pele das pessoas ou a reprodução de obras de arte, onde desvios sutis não seriam desejáveis.
Afinal, vale o custo-benefício?
O preço combinado com o tamanho volumoso da Câmera significa que o usuário-alvo tende a trabalhar em um ambiente mais controlado, como em um estúdio, e geralmente tira fotos de produtos ou de moda.
O nicho de audiência de usuários também reflete a forma como a empresa trabalha, pois não produz suas câmeras em massa. Em vez disso, eles são feitos e testados com qualidade em pequenos lotes à mão, em comparação com milhões de unidades produzidas em linhas pela Canon, Nikon ou Sony.
Embora não seja completamente imune ao mercado de consumo de massa, a Hasselblad lançou Câmeras menores, com sensores que custam menos de US$ 10 mil (R$ 54,7 mil). No entanto, essa faixa de preço coloca a empresa em competição com outras marcas, como a Sony, que oferece mais recursos desejados por fotógrafos profissionais em diferentes tipos de gêneros fotográficos.