Por décadas, a câmera analógica foi elemento único no funcionamento dos principais equipamentos do mercado. Porém, em 2025, pode se dizer que o fotógrafo Ethan Moses conseguiu elevar o conceito em questão. Tudo isso graças a uma invenção de caráter inovador com o nome de Cameradactyl Master System.
A saber, essa invenção engloba, também, um sistema modular de processamento e uma câmera específica para uso. Para o site especializado PetaPixel, Moses ressaltou a importância do papel fotográfico RA-4, usado como base para sua criação, na indústria da atualidade:
“Quando você vai revelar seu filme no laboratório, geralmente, há dois processadores principais – um para filme e outro para impressões. Se você fizer impressões de 4×6 polegadas, o filme passará por um “minilab” ou ampliador/processador automatizado que usa rolos enormes de papel de quatro polegadas, com até 180 pés de comprimento. Por esse motivo, o papel em rolo de quatro polegadas ainda é bastante onipresente na fotografia profissional”, detalhou o fotógrafo para o portal PetaPixel.

Em suma, o Cameradactyl Master System tem como grande inovação eliminar a necessidade do processo laboratorial para transformar o RA-4 em um negativo. Ou seja, é possível usar o rolo de papel diretamente na máquina. Com isso, a estimativa inicial é obter até 106 negativos por rolo de papel.
Significado especial
Apesar da importância desse tipo de papel fotográfico específico para a indústria, não foi necessariamente isso que fez Ethan Moses focar nesse material. Como ele confessa na mesma entrevista, usar esse tipo de rolo de papel na sua nova câmera analógica lhe remete a diferentes lembranças de sua infância:
“Tem algo a ver com o fato de meu avô ter feito mapas aéreos na Segunda Guerra Mundial, e algo a ver com Phelippe Hallsman, a Fairchild Corporation e algumas TLRs 4×5 personalizadas feitas a partir desses projetos de câmeras aéreas. e, depois, uma série de câmeras de Peter Gowland, todas as quais perderam seus enormes fundos de filme em rolo quando se tornaram câmeras civis não aparafusadas a aviões.”

“Quando eu era criança, passava muito tempo na câmara escura. Meu pai gostava de comprar equipamentos de câmara escura coloridos quebrados no eBay, no final dos anos 90 e consertá-los. Então, eu imprimia em RA-4 e Ilfochrome por volta do ano 2000. Eu tinha uma câmera gigante de 20×24 que filmava com reversão de RA-4, sabia como os processadores funcionavam e que o papel em rolo estava disponível. Parecia que essa coisa deveria existir. Para mim, fazia muito sentido que ela existisse. Por isso estou honestamente surpreso que ninguém mais tenha feito isso”, agregou.