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Ideias que mudaram a História da Fotografia

Antes de se materializar em câmeras e lentes, a fotografia era apenas uma ideia. O desejo de produzir um tipo especial de representação, originada de um objeto, é tão antigo ...

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Ideias que mudaram a História da Fotografia

Antes de se materializar em câmeras e lentes, a fotografia era apenas uma ideia. O desejo de produzir um tipo especial de representação, originada de um objeto, é tão antigo ...

Antes de se materializar em câmeras e lentes, a fotografia era apenas uma ideia. O desejo de produzir um tipo especial de representação, originada de um objeto, é tão antigo quanto a humanidade. Ele aparece nas pinturas rupestres da pré-história e se transforma em fotografia na década de 1840. A história da fotografia mostrou que essa arte não poderia ser chamada de cópia simplesmente por ser uma porção da natureza humana. No século XX, a fotografia havia se transformado em linguagem.
Durante toda a trajetória, algumas ideias inovadoras mudaram o curso da história da fotografia. Confira algumas delas:

Câmera Escura

A Câmera Escura, ou câmera obscura no latim, foi uma das invenções que mudaram o curso da história da fotografia. Ela é um dispositivo óptico que levou à criação da fotografia e da câmera fotográfica. O dispositivo consiste em uma caixa ou câmara com um furo em um dos lados. A luz externa passa através desse furo e atinge a superfície de dentro da caixa, onde a imagem de fora é reproduzida, invertida, mas com as cores e perspectivas preservadas.
Uma versão da câmera escura criada no século XVIII que usava espelhos para a projeção permitiu que a imagem externa fosse projetada no sentido certo.

A imagem latente

A imagem latente foi criada a partir da placa de daguerreótipo ao ser exposta a vapores de mercúrio em uma espécie de banho.
Esse tipo de imagem nada mais é que uma imagem invisível produzida pela exposição à luz de um material fotossensível como um filme fotográfico.
Quando a película fotográfica é revelada, a zona que foi exposta à luz forma então uma imagem visível.
Nos primórdios da história da fotografia, a origem da mudança da imagem invisível para a visível depois da emulsão dos filmes era desconhecida, por isso a imagem era chamada de latente até que o filme fosse tratado por um especialista fotográfico.

O negativo e o positivo

O negativo formava a base da fotografia até a era digital das câmeras fotográficas. A técnica é baseada na reversão do tom escuro à luz, ou seja, à imagem clara e nítida do que foi fotografado.

As lentes

Desenvolvidas em massa, ou até fabricadas sob medida, as lentes são os equipamentos acoplados ao corpo da câmera fotográfica para criar diferentes tipos de exposições. As objetivas, como são chamadas as lentes fotográficas, foca a luz externa que forma a imagem no material sensível à iluminação, que pode ser o filme, ou o sensor digital.
As primeiras lentes datam da década de 1830 e foram criadas por Fox Talbot e Daguerre.

Cianotipo

O cianotipo é um processo de impressão fotográfica que produz uma impressão azul ciano.
Engenheiros usaram o cianotipo até meados do século 20 como um processo simples e de baixo custo para produzir cópias de desenhos duráveis e detalhadas.

Anna Atkins foi uma das primeiras cientistas a usar o Cianotipo para gravar amostras delicadas de espécies de algas, como a Himanthalia lorea.
O processo utiliza dois produtos químicos: citrato de ferro e amônio e potássio.

 história da fotografia

O colódio na história da fotografia

Em 1851, o inglês Frederick Scott Archer descobriu que o colódio poderia ser utilizado como uma alternativa à albumina nas placas fotográficas de vidro.
Fotógrafos que usavam o colódio como processo fotográfico tinham de preparar as placas de vidro de revelação antes e após a exposição. Eles levavam uma sala escura de revelação portátil e assistentes para ajudar a preparar as fotografias.

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Foto feita com o colódio

Cartes de visite

Outro uso da imagem que também marcou a história da fotografia foi as cartas de visitas no fim do século XIX. As imagens feitas através das câmeras fotográficas primitivas mostravam atores, bailarinos e artistas como propaganda de seus trabalhos. A cartas eram produzidas em grande número e eram distribuídas, ou vendidas na rua.

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Projeção

A projeção também mudou a história da fotografia pois permitiu que as imagens – dessa vez em movimento – fossem projetadas em uma tela, que mais tarde veio a ser o cinema.
Essa técnica começou com a invenção da Lanterna Mágica, que tinha como objetivo projetar um desenho de um anteparo em uma tela de vidro. Para fazer isso, o equipamento utilizava um espelho côncavo, uma vela, um pedaço de vidro (que era onde o desenho era feito) e outra lente que ficava responsável pela ampliação.
Os historiadores não sabem a origem exata da Lanterna Mágica, mas as primeiras anotações com descrições sobre o equipamento são do astrônomo holandês Christian Huygens, que datam do século XVII.

O rosto das pessoas como arte

A história da fotografia não começou com o retrato de pessoas, mas isso se tornou grande parte dela. Não se sabe ao certo quem teve a ideia de fotografar as feições para a posterioridade, mas acredita-se que a inspiração tenha vundi das pinturas e obras de arte antigas. Hoje em dia usamos as imagens como lembranças de pessoas e situações queridas.

O auto-retrato

O autorretrato também foi muito difundido por pintores famosos que desenhavam o próprio rosto. A ideia foi transferida para a fotografia depois de sua invenção e ele é feito até os dias de hoje – só que agora o auto-retrato é conhecido como selfie.


Mariana Paschoal

Jornalista formada pela Universidade Estadual de Londrina, tem experiências em diversas áreas da comunicação, como radiojornalismo, webjornalismo, assessoria de imprensa e fotojornalismo.


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