Uma revolução militar que modificou as bases e visão de mundo de todo um continente e que aconteceu há 63 anos atrás hoje é motivo até mesmo para celebração em formato de imagens históricas e icônicas. Essa é a situação da população do Egito no mês de julho já que, no último dia 23, o país completou mais de seis décadas após a grande Revolução da Independência de 1952, a primeira dentre as várias nações que compõem o continente africano.
Para relembrar esse fato e também fazer um paralelo em demonstrar como a situação social do Egito era quase que calamitosa antes e pouco depois do golpe militar, o site norte-americano Photography News publicou 13 fotos consideradas “símbolo” dessa transição. Todas pertencem aos acervos do Arquivo do Museu do Brooklyn e da Biblioteca Pública de Nova York.
Os poucos recursos em equipamentos de iluminação, lentes e até mesmo as câmeras ainda limitadas tecnologicamente falando dão um ar ainda mais vintage as fotografias, algo que ressalta até mesmo o ar mais deprimente exposto nos retratos.
Assim como aconteceu no ano de 2011, quando o presidente Hosni Mubarak foi praticamente deposto do governo após um golpe militar que mobilizou milhares de pessoas nas ruas egípcias, o mesmo episódio aconteceu no ano de 1952, porém dessa vez por uma motivação política bem diferente.
A guerra da Palestina havia “oficialmente” acabado em 1949 quando, por defender os interesses dos palestinos, o então monarca egípcio Faruk I foi submetido ainda mais as vontades do Império Britânico, até então colonizador da região. Porém, com o país praticamente em uma ruína econômica e desentendimentos entre as partes bastaram para que a população tomasse a frente da questão e resolvesse da maneira mais violenta possível: Na base da força.
Os próprios habitantes da capital Cairo e aqueles de outras cidades que também alimentaram cada vez mais seu ódio aos britânicos foram “expulsando” a presença europeia no território, culminando no fim do mês de julho com a deposição de Faruk I e a instalação do comando provisório do General Gamal Abdel Nasser, justificando um outro nome comum dado ao evento (Revolução Nasserista).
Atualmente, o país localizado no nordeste da África possui uma população estimada em 83,4 milhões de habitantes distribuídos em um território de mais de 1 milhão de km² e possui um PIB calculado em US$ 286 bilhões, equivalente a quase 12% do PIB total do Brasil.
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