Início » O OBTURADOR NO CINEMA
Artigos de Foto e Vídeo

O OBTURADOR NO CINEMA

Olá meus caros amigos, antes começar este post, eu quero desejar um ano novo com muita paz, proteção, paciência e muitas imagens é claro!!! Continuando a explicação sobre a velocidade ...

Artigos de Foto e Vídeo

O OBTURADOR NO CINEMA

Olá meus caros amigos, antes começar este post, eu quero desejar um ano novo com muita paz, proteção, paciência e muitas imagens é claro!!! Continuando a explicação sobre a velocidade ...

Olá meus caros amigos, antes começar este post, eu quero desejar um ano novo com muita paz, proteção, paciência e muitas imagens é claro!!!

Continuando a explicação sobre a velocidade do obturador na fotografia e no cinema, e como no post passado eu expliquei sobre a velocidade do obturador na fotografia, neste post eu vou explicar a como funciona o obturador mecânico e por ângulos no cinema. Sempre lembrando que o Blog eMania, possui um grande acervo de posts relacionados com os segmentos da fotografia, cinematografia e vídeo. Vale a pena conferir!

BLOG_eMANIA

[button url=’https://blog.emania.com.br/’]BLOG eMANIA[/button]

A exposição de uma imagem na  cinematografia tem a mesma medida que entendemos para a fotografia still, ou seja, o controle de entrada da quantidade de luz na lente da câmera para imprimir de maneira adequada o filme (película) ou sensor da câmera. Mas, diferentemente da fotografia still, a exposição cinematográfica leva em conta variáveis diferentes. A principal é a questão da imagem estar em movimento. Em uma câmera de cinema, obturador e diafragma também controlam a quantidade de luz, é o mesmo principio de uma câmera fotográfica, mas o processo é diferente.

299px-Muybridge_race_horse_animated o obturado

simplex-e-7-animation- o obturado

Antes de começar a descrever a velocidade do obturador nas câmeras de cinema é importante eu mencionar como funciona a captura da imagem em movimento e o que significa “frame rate”. Um filme é formado por uma sequência de fotogramas

A imagem em movimento e composta por uma sequencia de imagens e dependendo da quantidade destas imagens que constitui esta sequencia é o que vai determinar a velocidade do movimento da imagem capturada. Quanto menor quantidade quadros (imagens) forem capturados mais rápido será o movimento (fast motion) e quanto maior a quantidade quadros forem capturados o movimento será mais lento (slow motion). Lógico que relacionado com o tempo de projeção. Eu vou explicar mais detalhadamente abaixo.

Fast Motion - o obturado
Fast Motion
Slow Motion - o obturado
Slow Motion

As câmeras de cinema possuem estas taxas variáveis de quadros (frame rate), a velocidade padrão ou natural no cinema é a de 24 quadros por segundo ou fps. Nas antigas câmeras de vídeo analógicas, esta velocidade padrão é de 30 fps gravada em dois campos alternados e interlaçados, varrendo a imagem numa taxa de 1/60″. As câmeras digitais atuais possuem várias taxa de quadros (frame rate variable). Porque além de fazer a varredura interlaçada(i), elas fazem a varredura progressiva (p), conseguindo gravar imagens 1080i, 1080p,  24p, 30p, 60p, 60i etc. A velocidade padrão de projeção no cinema é de 24fps e a velocidade padrão do vídeo é 30 fps, (porém, como eu falei acima, é possível gravar vídeos com a taxa de quadros variável), que é a mesma velocidade das imagens que são tanto gravadas como filmadas. Mas quando a velocidade da filmagem ou da gravação difere da velocidade da projeção, o movimento do objeto filmado ou gravado, pode ficar com a velocidade reduzida (slow motion) ou acelerada (fast motion). Aqui eu fiz esta breve explicação porque de um jeito ou de outro e relacionado com a velocidade do obturador. Em um futuro post eu vou descrever mais detalhadamente sobre o frame rate variable.

Obturado da câmera de cinema.
Obturado da câmera de cinema.

O obturador dentro da câmera digital controla a luz que chega até o filme ou o sensor, determinando o período de tempo que permanece aberto . O filme ou o sensor precisa estar completamente imóvel. Quando a exposição for feita qualquer movimento  do filme ou do sensor resulta numa imagem borrada. Quando a câmera movimenta o filme para coloca-lo no próximo quadro a ser exposto, o obturador deve permanecer fechado.

Obturador de uma câmera de cinema
Obturador de uma câmera de cinema

Numa câmera de cinema o obturador mais simples é um disco rotativo com uma sessão removida. A abertura do obturador é o número de graus que são retirados de um disco de 360°. Um obturador de 180°, um meio circulo é mais comum.

o obturado 180°
Obturado 180°

As câmeras de cinema com o obturador variável, permitem modificar o ângulo do obturador, por exemplo 90°, diminuindo a abertura do obturador e o tempo de exposição de cada quadro.

O OBTURADOR 90°
Obturador 90°
Exemplo do funcionamento O OBTURADOR
Exemplo do funcionamento do obturador por ângulos.

A tabela a seguir lista convenientemente alguns ângulos do obturador muito utilizados, convertidos para velocidades do obturador.

Tabela de conversão O OBTURADOR por ângulos (graus) para Obturador por velocidade.
Tabela de conversão de Obturador por ângulos (graus) para Obturador por velocidade.

No próximo post eu vou continuar a descrever para vocês o funcionamento do obturador eletrônico nas câmeras digitais e vou mostrar os efeitos ou defeitos que acontecem relacionados com o obturador e a imagem em movimento, o motion blur, strobing e rolling shutter.

Abraços


Fernando Rozzo

Fernando Rozzo trabalha no mercado de vídeo e cinema há 32 anos. Começou sua carreira nos anos 80, fazendo parte de uma das mais importantes produtoras de vídeo de São Paulo, a Olhar Eletrônico, onde trabalhou ao lado de Fernando Meirelles e Marcelo Tas, atuando como câmera, ass.de câmera e programador musical dos programas Olho Mágico (Ernesto Varela) e Cri-Há (Bobmackjack). Em 1987 na TV Gazeta-SP, dirigiu e produziu os programas DJTV, Edição Especial, Clip Trip e Night Clip. Na área de cinema publicitário atuou nas principais produtoras tais como: Chroma Filmes, 5.6, TVC, Vídeo Filmes, O2 Filmes entre outras. Hoje atua no mercado de cinematografia digital como professor e consultor técnico. Na área pedagógica ministra a mais de 10 anos cursos e treinamentos para emissoras de TV, locadoras de equipamentos, produtoras de vídeo, museus, escolas e faculdades. Entre elas: MASP (Museu de Arte de SP), Mackenzie, Metodista, Fazendo Vídeo Cursos, TVE-Salvador, KN Vídeo-RJ, Studio Motion Treinamentos, Full Digital, JKL, Rentalcam, Bureau Cine e Vídeo. Entre 2014 e 2015, prestou serviços de consultoria técnica para Sony Latin America para a divulgação no Brasil da linha de câmeras fotográficas "A7 / A7r / A7s / A99 e A77" e para linha de câmeras de ação "ActionCam". Atualmente juntamente com a artista multimídia Regina de Barros é proprietário da produtora “Ottica AudioVisual”, especializada em documentação e produção de conteúdo no segmento das artes, é a editora da revista multimídia digital mensal: “Ottica Art Magazine! ”


Artigos relacionados