Motion Blur pode ser traduzido para o português como “mancha de movimento” e representa justamente a aparência de movimento em uma fotografia. Esse efeito deixa algumas partes da foto sem nitidez porque é feito com a câmera, ou o objeto principal da imagem em movimento.
Apesar do senso comum de que uma foto borrada não é boa, isso não pode ser tratado como regra, já que alguns efeitos de borrado são considerados arte e estilo do fotógrafo e da imagem feita. O motion blur, por exemplo, é um efeito que não pode ser considerado erro, já que muitos fotógrafos buscam por ele.
Para atingir esse efeito há três caminhos: colocar o objeto principal da fotografia em movimento, a câmera fotográfica em movimento, ou os dois ao mesmo tempo. O caminho seguido vai depender do efeito e da aparência que o fotógrafo deseja criar.
Opção 1: quando o objeto está em movimento
Essa é a maneira mais fácil de conseguir o efeito motion blur nas fotografias. Para fazê-lo, é só capturar o que está acontecendo com a câmera parada. Procure usar o modo de prioridade de velocidade (esportes) para controlar o obturador e evitar a perda total da nitidez. Para os mais experientes, vale a pena tentar o modo manual.
Para isso, a velocidade do obturador precisa estar baixa, para que, assim, ele fique aberto o tempo suficiente de capturar o movimento registrado.
Para calcular o valor do obturador, analise a quantidade de luz e quanto de movimento você quer que seja registrado na foto. Esse tempo de exposição pode variar entre segundos, minutos, ou até horas – esse último caso é usado para capturar o movimento das estrelas, por exemplo.
Para fazer esse tipo de foto, apoie a câmera em um tripé , ou uma superfície firme, de preferência Com a câmera estática, é possível fazer uma imagem nítida com apenas um detalhe em movimento (em motion blur). Geralmente, essa opção resulta em um fundo estático e apenas o objeto se movendo.
Opção 2: quando a câmera está em movimento
Com essa opção, as fotografias ficam mais borradas e com mais movimento e há a possibilidade de que nenhuma área da imagem fique nítida. Isso acontece porque, quando é a câmera que está em movimento, todo a área da fotografia ganha aspectos de velocidade.
Para conseguir esse efeito, o fotógrafo deve configurar uma velocidade não tão baixa e fotografar movendo a câmera de acordo com o movimento que ele quer retratar na fotografia final.
Esse tipo de efeito pode passar a sensação de bagunça e de alegria. Ideal para retratar pessoas se abraçando, ou crianças em um parquinho, por exemplo.
Essa opção também é a que mais coloca o fotógrafo e quem for ver a fotografia dentro da cena, no sentido da intensidade do movimento e em como ele pode fazer você se sentir dentro da cena.
Vale lembrar que imagens desse tipo de motion blur não podem ser consideradas informativas, e sim criativas e artísticas, já que possuem poucos elementos nítidos nelas.
Opção 3: quando a câmera se move com o objeto
Essa opção pode ser a mais difícil para criar o motion blur porque vai exigir mais técnica e experiência do fotógrafo. Porém, o resultado é também um dos mais bonitos. Ele gera uma imagem com o fundo em movimento e o objeto principal da imagem nítido.
Os profissionais afirmam que para entender esse efeito, é preciso relembrar as aulas de física e um tema específico delas: o referencial. O que está em movimento vai depender do ponto de referência tomado. Ou seja, quando uma pessoa está dentro de um carro em movimento e você está fora dele parado, a pessoa dentro do carro, para você, está se movimentado. No entanto, se você estivesse dentro do carro, a pessoa estaria parada.
Dito isso, quando você vai fotografar alguma coisa em movimento, como um carro, você precisa deixar a câmera digital parada e fotografá-lo em baixa velocidade. Porém, se você movimentasse a câmera na mesma velocidade do carro, o efeito seria o contrário e o carro estaria nítido e o fundo borrado.
Esse efeito é um motion blur, mas é mais conhecido como panning, uma técnica específica da fotografia de movimento. Para conseguir o panning perfeito, a câmera tem de estar exatamente na mesma velocidade e direção do objeto que está se movendo. Por isso, essa técnica fotográfica exige muita prática, paciência e experiência.
Vale lembrar que nem todas as imagens que possuem o fundo em movimento e o objeto principal parado são exemplos de panning. Se você estiver dentro de um carro e fotografar alguém que está ao seu lado, provavelmente o fundo vai estar em movimento, e a câmera para na hora do disparo. Isso não é um panning. Ele vai depender do referencial adotado, como citado anteriormente.