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Vencedores do World Press Photo 2017 são anunciados

Na manhã de hoje (13), ocorreu o anúncio dos grandes vencedores do World Press Photo 2017. A premiação teve participação de 5.034 fotógrafos de 125 países. E quem levou o ...

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Vencedores do World Press Photo 2017 são anunciados

Na manhã de hoje (13), ocorreu o anúncio dos grandes vencedores do World Press Photo 2017. A premiação teve participação de 5.034 fotógrafos de 125 países. E quem levou o ...

Na manhã de hoje (13), ocorreu o anúncio dos grandes vencedores do World Press Photo 2017. A premiação teve participação de 5.034 fotógrafos de 125 países. E quem levou o World Press Photo of the Year (a categoria principal) foi o fotógrafo turco Burhan Ozbilici, que registrou o assassinato do embaixador russo em Ancara, Andrei Karlov.

A saber, o atentado ocorreu no dia 20 de dezembro de 2016 durante uma exposição fotográfica na cidade turca. O assassino, Mevlüt Mert Altintas, efetuou oito disparos e feriu outras duas pessoas antes de ser morto pelas forças de segurança.

Curiosamente, o fotógrafo contou, em uma entrevista após o atentado, que estava por acaso na galeria de artes onde o embaixador russo participava de uma inauguração. Ou seja, uma feliz coincidência colocou Burhan em local onde seu trabalho ganhou repercussão mundial. Isso porque a imagem de sua autoria estampou os principais jornais e revistas do planeta diante do caráter tão esclarecedor como impactante.

À contragosto

Logo após o anúncio das fotografias premiadas, o presidente do júri do concurso, Stuart Franklin, revelou que votou contra a imagem do assassino do embaixador. Nesse sentido, para o diário britânico The Guardian, Stuart declarou que tal situação jamais deveria receber os louros em um concurso de fotografia desse contexto:

“Esta imagem de terror não deveria ser a fotografia do ano. Eu votei contra. Colocar esta fotografia num pedestal tão alto é um convite àqueles que contemplam a espetacularidade destes palcos e reafirma a associação do martírio e publicidade”.

A ótima notícia fica por conta do Brasil não ficar de fora da premiação. O fotógrafo da Folha de S.Paulo, Lalo de Almeida, venceu na categoria Contemporary Issues (questões contemporâneas) com ensaio que produziu sobre o surto de zika vírus na região do Nordeste. A saber, neste trabalho, Lalo mostra bebês com o triste quadro de microcefalia junto de suas mães.

Outras pautas com grande envergadura no chamado hard news também receberam prêmios. São elas o enterro do ex-presidente cubano Fidel Castro, a violenta luta contra o tráfico de drogas ordenada pelo presidente filipino, Rodrigo Duterte, a luta das comunidades nativas dos Estados Unidos contra o oleoduto que deverá cruzar suas terras ancestrais em Dakota do Norte e a crise dos refugiados no Mediterrâneo.

Como surgiu o concurso?

O World Press Photo teve sua primeira edição em 1955 quando um grupo de jornalistas da Associação Holandesa de Fotojornalismo transformou o prêmio nacional da instituição em uma competição internacional. Mesmo se tratando do primeiro ano, 42 fotógrafos, de 11 países diferentes, apresentaram 300 imagens para concorrerem. No ano seguinte, o número de países participantes quadruplicou, envolvendo 22 nacionalidades.

Em 2016, o prêmio de melhor foto do ano foi dado a uma imagem que mostrava o drama dos refugiados no Mediterrâneo, de autoria de Warren Richardson, que retrata o momento em que um homem entregava um bebê a outra pessoa sob uma cerca na fronteira entre a Hungria e a Sérvia.

Clique aqui para saber todos os premiados no site oficial do World Press Photo!

 


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