A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou, na última semana, as indicações para o Oscar deste ano. A cerimônia acontece no dia 26 de fevereiro, como de praxe, em Los Angeles. Evidentemente, nós temos uma categoria predileta: o Oscar de Melhor Fotografia. Só para exemplificar, já venceram, nessa categoria, grandes sucessos como Titanic, Beleza Americana e Avatar.
Para quem não sabe, o diretor de fotografia é o responsável por escolher a locação e decidir quais lentes, negativos e movimentos de câmera entram na filmagem. Além disso, é responsável pela iluminação e pelo enquadramento de cada cena junto com o diretor do filme. Em suma, ganha aquele que melhor transpõe para a tela as exigências do roteiro.
Dessa forma, separamos os cinco indicados ao Oscar de Melhor Fotografia 2017. Confira!
Moonlight: Sob a Luz do Luar
A fotografia é de James Laxton (nunca foi indicado na categoria)
Você gosta de um bom drama que te faz pensar? Então esse é o filme. Dirigido e escrito por Barry Jenkins, o personagem principal trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta fugir da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Sonhador, ele se vê em situações delicadas sobre sua sexualidade e o significado do amor. Desse modo, Moonlight se mostra um filme de importância social. Sobre a fotografia, a paleta de cores é essencialmente azul e vermelha além do destaque aos planos americanos. Simples, porém feito com maestria.
A Chegada
A fotografia é de Bradford Young (nunca foi indicado na categoria)
Quem gosta de drama com ficção cientifica? A Chegada é o tipo de filme inteligente que faz você sair sem rumo do cinema. Com direção de Denis Villeneuve, Amy Adams interpreta Louise Barks, uma especialista em linguística que recebe a convocação das forças armadas em virtude de uma difícil tarefa.
Nesse sentido, ela tem a responsabilidade de entrar em contato com os recém-chegados, figuras que estão em naves com formato de concha. Assim, o filme trabalha tanto com a percepção e a reflexão sobre o mundo e situações extremas. A fotografia é impecável: mistura a grandiosidade dos planos abertos e muitos closes. Principalmente, para expressar as emoções de Louise em movimento que traz o ponto de vista de toda a narrativa.
La La Land: Cantando Estações
A fotografia é de Linus Sandgren (nunca foi indicado na categoria)
É o filme com mais indicações ao Oscar neste ano (14) e também o favorito da critica. Quem assina como diretor é Damien Chazelle, que narra a história de um músico e uma aspirante à atriz que se conhecem e se apaixonam em Los Angeles. Estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone, o musical apresenta inúmeras referencias cinematográficas de grandes clássicos do cinema. A fotografia apresenta cores quentes e cheia de contrastes, além de muitos planos abertos e panorâmicas de grande ângulo.
Lion: Uma Jornada para Casa
A fotografia é de Greig Fraser (nunca foi indicado na categoria)
É um filme baseado em uma história real com direção de Garth Davis. A narrativa é sobre o indiano Saroo (Dev Patel), que se perdeu do irmão numa estação de trem de Calcutá e enfrentou grandes desafios para sobreviver sozinho antes da adoção por parte de uma família australiana. Incapaz de superar o que aconteceu, aos 25 anos ele decide buscar uma forma de reencontrar sua família biológica. O destaque da fotografia vai para a junção de planos rápidos e lentos que dão fôlego ao filme.
Silêncio
A fotografia é de Rodrigo Prieto (foi indicado em 2006 por “O Segredo de Brokeback Mountain”)
Dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese, o filme se passa no século XVII. Dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver), viajam até o Japão em uma época onde o catolicismo foi banido. À procura do mentor deles, padre Ferreira (Liam Neeson), os jesuítas enfrentam a violência e perseguição de um governo que deseja expurgar todas as influências externas. A fotografia fica por conta da sobriedade das cores além de belíssimas paisagens naturais.