Há muitos anos conhecido como um país propício a montagem de linhas de produção pelo baixo custo, parece que a realidade da China não condiz mais com a sua fama. Não, pelo menos, aos olhos do governo japonês em relação ao mercado fotográfico. Levando, assim, aos políticos da Terra do Sol Nascente a elaborarem uma ousada proposta para gigantes do setor que possuam estruturas de produção radicadas no outro país do continente asiático.
Segundo informação veiculada pela agência de notícias do mercado financeiro Bloomberg, a ideia é aplicar o suntuoso montante de 2,2 bilhões de dólares (equivalente a R$ 11,6 bilhões) em incentivo para que essas empresas deixem a China. Seja rumando de volta para o Japão ou mesmo se estabelecerem em outro país de sua escolha.
A imensa parte do incentivo (US$ 2 bilhões ou R$ 10,5 bilhões) será destinada as companhias que concordarem em se restabelecer dentro do solo japonês enquanto os 200 milhões de dólares restantes, algo na casa de R$ 1,05 bilhão, serão reservados as empresas que deixarem a China rumo a qualquer outra nação.
A informação que impacta o mercado fotográfico foi vista por autoridades da área política e econômica com um misto de sensações. Principalmente levando em conta a justificativa puramente voltada aos custos mais elevados e também uma menor disponibilidade de peças nas unidades produzidas em solo chinês. Por outro lado, também foi vista como uma “prova de boa fé” aos Estados Unidos, grande concorrente econômico mundial da China e parceiro comercial dos EUA ao ponto de, em 2019, cogitarem a assinatura de um acordo de livre-comércio.
Dentro do universo em questão, existem algumas gigantes do mercado fotográfico que poderiam ser beneficiadas com o incentivo. Caso, por exemplo, de marcas amplamente conhecidas no cenário nacional como Canon, Fujifilm e a Sony, locadas no sentido de centros de fabricação de diversos produtos (lentes, câmeras, carregadores etc.) tanto dentro como fora da China.