Se você gosta de fotografia de moda ou de publicidade e não conhece J.R. Duran, tem alguma coisa errada. Mas, calma, vamos falar sobre ele. Nascido Josep Ruaix Duran, conhecido popularmente como J.R. Duran, é um fotógrafo nascido em Barcelona, na Espanha, Porém, radicado e com uma nítida identificação junto ao Brasil.
Resumo da trajetória
Em terras brasileiras desde 1970, com estúdio fotográfico montado na cidade de São Paulo, Duran começou a fotografar para revistas de moda como Vogue e Elle Brasil. Assim, ele assinou inúmeras capas e editoriais para diversas publicações. Ao mesmo tempo, Duran começou a trabalhar para agências de publicidade e propaganda como DPZ, McCann, Thompson, Talent e para clientes como Johnson & Johnson, General Motors, Volkswagen, entre outros.
Em 1989, ele mudou-se para os Estados Unidos, país onde trabalhou para Harper’s Bazaar USA, Elle (edições francesa, inglesa, italiana e espanhola), Mademoiselle, Glamour, Tatler e Vogue (alemã). Contudo, em 1995, não resistiu e voltou a viver no Brasil, período onde publicou os livros “As Melhores Fotos” e “18 Fotos”. Em 2000, aliás, fugiu da tendência meramente fotográfica e lançou o romance “Lisboa”.
Além de ganhar sete vezes o Prêmio Abril de Jornalismo, J.R. Duran foi capa da edição nacional da Veja, em janeiro de 1988, durante especial que carregou o título “O Mago das Lentes”.
Editorial

Famoso por fotografar editoriais, Duran clicou esportistas brasileiros em um editorial chamado “Atletas Olímpicos em Movimento”. O trabalho ocorreu no ano passado para celebrar a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
Curiosidade: Duran gosta bastante de trabalhar em suas fotografias o contraste e o uso do preto & branco.
Capa

J.R. Duran é muito requisitado entre as principais revistas do universo da moda. Suas principais colaborações são com a revista Vogue. Mais especificamente, a edição brasileira da publicação.
Duran é conhecido, dentre outras habilidades, por saber contextualizar bem o local onde a foto é realizada.
Relação com a sensualidade
Numa entrevista para o programa da jornalista brasileira Marília Gabriela, Duran relembrou que, quando iniciou na carreira, fotografar nus não era tido como sério por outras pessoas, inclusive para alguns fotógrafos também:
“Achei que, se eu fizesse direito, poderia ser.”

Dentre os burburinhos que agitam os bastidores dos ensaios mais sensuais, ele chegou a afirmar que já aconteceu de não ter vontade de fotografar uma modelo. Em sua avaliação, o que considera “sexy” vai muito além de apenas um corpo, mas sim de atitude.
Pode se dizer que ele foi um dos precursores nesse ramo aqui no Brasil. Criticado no início da carreira, hoje, construiu um nome de sucesso e sinônimo de qualidade.