Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (08 de março), este mês estamos apresentando uma série especial sobre as mulheres que marcaram a história da fotografia. Das grandes fotógrafas às mulheres mais clicadas nas últimas décadas, contaremos um pouco da vida daquelas que contribuíram para nossa cultura visual. Em nosso quarto artigo da série, a escolhida é Diane Arbus, fotógrafa conhecida pelo trabalho em preto e branco do cotidiano.
Diane Arbus nasceu no de 1923, em Nova York, a segunda filha entre três irmãos de uma família rica judaica. Ainda bem jovem começou a nutrir a paixão pela pintura. Só na fase adulta (nos anos 1940), já casada com Allan Arbus, que Diane aprendeu como fotografar. O casal, inclusive, começou uma agência de fotografia que rendeu diversos trabalhos publicados em grandes revistas de moda e publicidade, o foco inicial do trabalho dos Arbus.
Nos anos 50 Diane Arbus mudou os rumos do seu trabalho, que passou a ser independente, seguindo a linha da fotografia de rua. Seu novo estilo virou uma marca pessoal. As fotografias, em formato quadrado e em preto e branco, eram de pessoas marginalizadas pela sociedade: travestis, prostitutas, gente com problemas psiquiátricos, com deformações físicas. Ela tinha devoção por aquilo que era diferente, não usual, e até mesmo certas vezes bizarro.
Esteticamente as fotos não eram perfeitas, o que nunca foi o desejo de Arbus. Ela estava preocupada com outra questão: o impacto que aquelas fotografias iriam produzir. Em pouco tempo seu trabalho tomou conta das principais amostras de fotografias da época. Sua carreira decolou. Em contrapartida, a vida pessoal estava estilhaçada. Separou-se do marido e passou sofrer com a depressão.
Já no final da década 1960, Arbus havia construído uma carreira respeitada, passando a ensinar fotografia na Parsons School of Desgin, no Cooper Union, em Nova York, e Na Rhode Island School of Design, em Providence, Rhode Island. A consolidação de sua carreira e as aulas ministradas fizeram com que a nova geração de fotógrafos a visse como um exemplo a ser seguido, como um referencial da fotografia moderna.
Em 1971, aos 48 anos, Diane Arbus tirou a própria vida, a depressão, sucessiva em vários períodos de sua existência, havia se agravado, fazendo-a cometer tal ato. Suas fotografias, porém, continuam vivíssimas. Seu trabalho até hoje é reverenciado e perseguido por profissionais da fotografia. Com certeza um exemplo de fotógrafa que quebrou tabus e não teve medo de ousar ao criar um novo estilo fotográfico pessoal.