Para ter um elevado padrão de qualidade em uma foto, é necessário dar a devida atenção a cada um dos fatores que influenciam em sua captura. Luz, paisagem, foco, possíveis tremidos ou sujeiras na lente… Tudo valoriza ou prejudica, diretamente, no conceito final que a fotografia passará.
Amadores, iniciantes, aspirantes ou profissionais de carreira, todos sabem que, para registrar uma imagem perfeita, é preciso garantir que nada atrapalhe o “clique” da câmera digital, sendo que, para isso, muitos cuidados devem ser tomados e todos previamente.
Uma das precauções mais comuns que os fotógrafos tomam visa, especificamente, evitar as trepidações da câmera durante os ensaios, já que diminuem o valor da imagem, tornando-a, muitas vezes, obsoleta.
Existem alguns truques e técnicas para conseguir fotos estáveis, sem a terrível trepidação da câmera. As principais delas são listadas em seguida.
1- Velocidade do obturador
É comum que a dificuldade na obtenção de fotos estáveis seja maior em situações em que a luz está mais fraca e em que a câmera está equipada com lentes para super telefotos. Isso se deve ao obturador, que acaba trabalhando de forma lenta nessas situações.
Para garantir a qualidade visual da sua imagem, é necessário manter uma alta velocidade do obturador, assim, as trepidações não serão sentidas nas fotos registradas, já que a vibração da câmera não influencia tanto em sua captura.
É importante frisar que a melhor técnica a se utilizar para ter certeza da qualidade nas fotos feitas, nas condições citadas, segue está regra: A velocidade do obturador deve, sempre, ser igual ao inverso da distância focal.
Ou seja, exemplificando, quando o fotógrafo opta por usar uma lente super telefoto de 300 mm, deve estabelecer a velocidade do obturador em 1/300 s para capturar imagens sem trepidação da câmera.
Se possível, pode-se fazer uso de uma velocidade maior do que a da regra, já que esta vale como mínimo aceitável para manter o padrão de qualidade. Quanto maior a velocidade do obturador, maior, também, a nitidez e perfeição da fotografia.
2- Obturador remoto
Tudo é válido na busca pela melhor imagem e, muitas vezes, o ideal é não tocar na câmera na hora de fotografar!
Por mais estranho que pareça, visto que ao pensar em fotos e fotógrafos relacionamos a imagem diretamente às pessoas que costumam estar empunhando suas câmeras, uma das maneiras de se obter fotos estáveis é, justamente, através do obturador remoto, que não permite que as tremidas nas mãos do profissional prejudiquem o trabalho.
Existem vários tipos de obturadores remotos, sendo os mais conhecidos e usados: Temporizador, cabo e infravermelho.
O obturador remoto temporizador é o mais utilizado e alcança o público amador, já que está presente em todos os tipos de câmeras, desde celulares até Câmera DSLR. Com funcionamento simples, basta escolher um espaço de tempo para que a foto seja automaticamente registrada, é um dos meios de se fotografar com suportes improvisados.
Já os cabos, são ligações que permitem que o profissional mantenha-se a determinada distância da câmera no momento do “clique”. São extremamente úteis em fotos sequenciais, auxiliando, também, em ocasiões que o foco não muda e que o fotógrafo pode ficar mais a vontade.
Os dispositivos infravermelhos são simples e funcionam como um controle remoto que ativa o obturador da câmera, sem a necessidade de fios ou cabos. Sua única, e grande, desvantagem, é que devido aos sinais emitidos, o aparelho pode sofrer interferências do ambiente, prejudicando o profissional e o trabalho a ser realizado.
3- Uso do tripé
O uso do tripé ou um monopé é bem comum no meio fotográfico, pois é um dos investimentos mais úteis na vida de um profissional do ramo. Seu uso, e manuseio, são bem simples de serem explicados e os resultados obtidos com este equipamento facilmente notados nos trabalhos.
O uso do tripé ou um monopé é altamente recomendado em casos em que o obturador tem velocidade lenta para a captura das imagens.
E isso porque ele dá o suporte necessário para que objetos, que estejam parados, sejam fotografados sem os tremidos que nossas mãos causam, que, mesmo sendo quase que imperceptíveis a nós, são extremamente visíveis no registro das imagens através das câmeras e das lentes potentes.
Fotógrafos da vida selvagem, por exemplo, que sempre usam lentes telefotos em seus trabalhos, fazem uso contínuo deste equipamento que, por sinal, é bem prático.
Além do tripé, existe o monopé, um tipo de suporte mais leve do que o normal, que facilita movimentos rápidos e garante o mesmo resultado: Uma foto sem a terrível trepidação da câmera.
4- Estabilizador de imagem
Em casos em que não é possível fazer uso do tripé, para obter fotografias sem trepidação da câmera, a dica é utilizar o estabilizador de imagem. A boa notícia é que, muitas das câmeras mais modernas, já disponibilizam essa opção para captura de fotos.
Por exemplo, nas câmeras da marca Canon, que oferecem essa importante ferramenta, vale ressaltar que os modelos que dispõe desta praticidade apresentam a sigla IS como parte integrante do nome.
O estabilizador de imagem é recomendado para fotos em que o manejo manual da câmera possa atrapalhar a qualidade, fazendo com que possíveis tremidos comprometam a imagem, porém, também pode ser um recurso usado junto com o tripé.
Grande parte dos modelos de lente da Canon, que já incluem um estabilizador, reconhecem, automaticamente, o uso de um tripé, ajustando a operação de acordo com os movimentos sofridos pela câmera.
Atenção: É importante ler todo o manual da câmera no momento da compra para melhor entendimento das possibilidades de uso de sua máquina.
5- Maior sensibilidade ISO
A sensibilidade ISO, mais alta, ajuda o fotógrafo em ocasiões em que não é possível escolher, livremente, a velocidade a ser seguida pelo obturador ou quando não se pode usar suporte que garanta o foco e a nitidez da imagem.
É importante recordar que todos os novos modelos de Câmera Canon EOS dispõem de ISO elevada, garantindo uma maior segurança na hora do “clique”, e, mesmo que não seja possível fazer uso do tripé em determinadas situações, através do uso desta ferramenta, torna-se possível a obtenção de fotos estáveis e bem finalizadas.
A redução do risco de trepidação da câmera deve-se a uma compensação entre a ferramenta ISO e a velocidade do obturador.
É uma lógica bem simples de entendimento. Por exemplo, para fotos feitas com lente superfoto de 200 mm é preciso definir uma maior Sensibilidade ISO para que as imagens não saiam desfocadas. Fotos estáveis podem ser obtidas com o ISO a 800, numa velocidade ajustada no obturador em 1/250 s.
A fórmula exemplificada garante a eliminação da trepidação da câmera nas imagens registradas.
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