A circulação financeira do mercado de smartphones no planeta tem sido cada vez mais significativa e não é de hoje. Para se ter uma ideia do impacto dessa área na economia mundial, somente no primeiro trimestre de 2017 a gigante Samsung vendeu cerca de 360 milhões de aparelhos. Imagine só quantos equipamentos desses capazes de bater fotografias incríveis não devem ter sido comercializados ao término do ano anterior?
Por isso, mesmo aqueles que já possuem ou fazem planos para adquirir sua câmera semi-profissional, melhorar a estrutura que possuem seus estúdios ou qualquer investimento nessa linha estão cientes de uma coisa: É possível fazer um trabalho de boa qualidade utilizando a potência de alcance existente hoje por um smartphone top de linha.
Algo que parecia impensado anos atrás pelo caminhar um tanto quanto lento no ganho de qualidade e refinamentos das câmeras de aparelhos celulares hoje não é uma realidade tão distante. Mesmo que não chegue ainda ao nível do jogo de luzes, edição e outros recursos de um equipamento profissional, a diferenciação está bem menor do que já foi e a tendência é a diminuição gradativa com cada vez mais velocidade.
Entretanto, um aparelho que entra nessa linha de alta qualidade e desempenho principalmente na qualidade da fotografia, o chinês Huawei Mate 10 Pro, está ameaçado de sofrer um claro processo de retaliação no mercado dos Estados Unidos. Um dos maiores consumidores do mundo quando se fala em qualquer tipo de produção tecnológica.
Segundo informações da agência francesa de notícias Reuters, o senado dos EUA fez intensa pressão para que a empresa de telecomunicações norte-americana AT&T não se colocasse como um ponto de comercialização do aparelho fabricado pela companhia da China. O motivo? Prevenção contra espionagem.
A ideia existente e passada por senadores e outros políticos norte-americanos a AT&T é de que, com o estabelecimento e solidificação principalmente da parceria entre norte-americanos e chineses para o maior desenvolvimento do projeto de internet 5G, esse acesso dado aos orientais poderia facilitar com que, através do novo celular da Huawei, as agências de segurança chinesas tivessem mais facilidade na espionagem de atitudes do outro lado do mundo.
A preocupação foi inclusive expressa através de Michael Wessel, membro da Comissão de Revisão Econômica e de Segurança Estados Unidos-China, em uma reunião da comissão a qual pertence: “A próxima onda de comunicação wireless tem uma implicação econômica e de segurança nacional enorme. A participação da China no estabelecimento de parâmetros e na venda de aparelhos aumenta muito os problemas de segurança nacional que demandam atenção rigorosa e imediata.”
Em sua defesa, a Huawei garantiu que não tem qualquer tipo de intenção voltada a espionagem e calcou sua argumentação no dado de que 45 das 50 maiores operadoras do mundo que priorizam também o aspecto da segurança fazem uso do seu aparelho.