Fotógrafo desmistifica aplicação de Óculos VR unicamente para o público gamer

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As milhares possibilidades que o bom uso da tecnologia podem abrir para a aplicação em diversos setores é incrível e o ser humano tem total ciência disso. Entretanto, mesmo estando absolutamente como conhecedor dessas aberturas, ainda existe uma natural e compreensível resistência, capaz até mesmo de limitar recursos incríveis e de funcionalidade quase que ilimitada a um público bem restrito. Isso é algo que acontece de maneira bem comum, por exemplo, com os equipamentos que reproduzem a chamada Realidade Virtual (Rift, HTC Vive, Gear VR etc.) sendo totalmente ligados aos gamers e a capacidade de reprodução gráfica absolutamente aliada aos jogos eletrônicos.

Tentando modificar e até mesmo ampliar a visibilidade de como os óculos VR podem realmente ser úteis também no aspecto de filmagens e da fotografia em geral, o fotógrafo e crítico Dale Baskin, um dos administradores do renomado portal de análises e opiniões do mundo da fotografia DPREVIEW expressou algumas experiências bem interessantes e reveladoras através dessa questão.

óculos VR

Em um trecho importante do seu testemunho, Baskin surge defendendo principalmente uma aplicação com maior conteúdo do que a simples “exposição pela exposição”, seja de locais históricos ou com a utilização de recursos computadorizados que simulam locais imaginários repletos de efeitos especiais:

“Até o momento parece que eu estive (virtualmente) situado em vários lugares: Nas pirâmides do Egito, próximo a Torre Eiffel, Machu Picchu… acho que você entendeu a ideia. Mas a palavra aqui está em “situado”. A experiência pode ser interessante inicialmente, mas depois dos primeiros 30 segundos você andou em um círculo, e muito do que você teria para ver já foi visto. Mas não é isso que você quer quando vai a um lugar desses na vida real. Você quer explorar, aprender algo, entender a história do povo do local que você está visitando.”

Exemplificando aplicações de maior enriquecimento e que justificam a interação mais próxima entre o mundo da fotografia e das filmagens com esse tipo de tecnologia, Dale cita duas experiências que ele pode vivenciar ao assistir através de óculos VR com as produções “Notes of Blindness” e “Witness 360: 7/7”, que relatam sentidos bem diferentes a respeito de situações reais.

Na primeira, um homem chamado John Hull demonstra, com a utilização de recursos baseados em animações e efeitos visuais, como ele precisou se adaptar a sua realidade da perda de visão, evento que ocorreu no ano de 1983. Simplesmente com o recurso dos sons e de outros sentidos ainda preservados, foi montada uma verdadeira rotina narrada e descrita com detalhes do antes escritor e teologista que pôde ser vivenciada de maneira absolutamente imersiva por Dave Blaskin com o uso dos óculos VR.

Veja um trailer de Notes of Blindness:

A outra produção que é destacada pelo fotógrafo para relatar o bom uso da Realidade Virtual em prol de ganho de conteúdo e novas vivências é a respeito de um documentário feito por Jacqui Putnam e que receber o nome de Witness 360: 7/7 por relatar exatamente o período em que ela, através de fotografias em 360 e com o seu áudio de fundo, demonstra a rotina de pessoas que passariam pelo traumático evento das bombas que foram explodidas na cidade de Londres em 7 de julho de 2005, vindo daí o prefixo “7/7” incluído no nome da produção.

Confira também um trailer de Witness 360: 7/7:

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