ALEX WEBB: DE HARVARD PARA O UNIVERSO FOTOGRÁFICO
Alex Webb nasceu na cidade americana de São Francisco, Califórnia, em maio de 1952. Ele é o exemplo de fotógrafo profissional que soube se reinventar com o tempo, dono de um olhar cativante, sabe posicionar as lentes de tal forma que consegue passar a essência de cada objeto fotografado.
Apesar de ter nascido na Califórnia, foi na costa leste dos Estados Unidos, em Nova York, que começou a se interessar e trabalhar com fotografia. Inicialmente, o ofício como fotógrafo era mais um interesse pessoal, um hobby, do que propriamente um emprego.
Webb se formou em Literatura e História na aclamada Universidade de Harvard em 1974, mesmo ano que começou a trabalhar com fotojornalismo. Nessa época, seu trabalho era condicionado ao preto e branco. São raríssimas as fotos coloridas nesse meio tempo.
Dois anos depois, em 1976, Alex Webb tornou-se associado da Agência Magnum e passou a realizar viagens fotográficas. Em 1978 foi ao Caribe e Haiti, lugares onde realizou as grandes fotografias que marcaram sua carreira e o elevaram ao status de fotógrafo profissional, foi quando também passou a usar as cores.
De um modo geral, ao adentrarmos no universo de Webb, nos deparamos com fotografias que dão uma verdadeira aula de técnica e estética. A luz, o contraste, a sombra, a tonalidade, ajudam a formar um conjunto que remete a uma verdadeira obra de arte.
Foi na Haiti que essa percepção fotográfica de Webb se fortaleceu. Lá, ele pode perceber com clareza cada elemento de uma fotografia. Aprendeu a usar a luz e as diferentes tonalidades para compor cenários marcantes. Junto com um olhar sensível para o ser humano, ele consegue capturar instantes que podem ser significado dos mais variados sentimentos.
Outro elemento muito evidente em seu portfólio é a profundidade. Ao olharmos suas fotos, podemos ver que elas são cheias de camadas: primeiramente, há um plano forte, com assuntos mais próximos da lente, outros mais perto da parte inferior do frame e um fundo marcado pela nitidez.
O fotógrafo americano também faz uso de uma importante dica que já falamos aqui no blog: ele fotografa preferencialmente na hora mágica (ao amanhecer ou entardecer), horário adequado para conseguir tonalidades de qualidade. O céu geralmente está limpo com cores fortes e vibrantes.
Hoje, aos 64 anos, Alex Webb, após ter ganhado inúmeros prêmios de excelência em fotografia, continua ativo. Também é autor de diversos livros, entre eles Hot Light / Half-Made Worlds (1986), Under a Grudging Sun (1989), The Amazonas (1997) e O Sofrimento da Luz (2011) – figuram como os mais conhecidos.