A HISTÓRIA POR TRÁS DAS FOTOGRAFIAS FAMOSAS: A MENINA DA GUERRA DO VIETNÃ

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São diversas as fotos históricas desde que a fotografia tornou-se uma forma de arte e comunicação acessível. Mas, qual a verdadeira história das fotografias mais famosas dos últimos cem anos? Afinal, por trás de cada clique, sempre há uma história a ser contada. Por isso, vamos desvendar os acontecimentos que envolvem o momento decisivo de cada clique na série “A história por trás das fotografias famosas”.

A fotografia que trazemos hoje é “A menina da Guerra do Vietnã”, capturada pelas lentes da Leica de Nick Ut, um fotógrafo vietnamita naturalizado americano. Era 8 de junho de 1972 quando ele fotografou a jovem Phan Thị Kim Phúc – na época com nove anos – fugindo nua de um ataque em sua aldeia.

A icônica fotografia, símbolo da Guerra do Vietnã, rendeu os principais prêmios fotográficos a Nick Ut: o World Press Photo de 1972 e o Pulitzer de Reportagem Fotográfica de 1973. Após o término da guerra, ele mudou-se para os Estados Unidos e continuou a carreira como fotógrafo, cobrindo conflitos, fatos históricos e celebridades.

A protagonista de uma das fotos mais conhecidas da história da fotografia, Phan Thị Kim Phúc, teve mais da metade do corpo queimado. Ficou internada durante 14 meses e sobreviveu para contar a sua história ao mundo.

O fotógrafo Nick Ut com Phan Thi Kim Phuc

Hoje, 45 após a foto ser tirada, Kim Phúc reconstruiu a vida em Toronto, no Canadá. Casou-se, teve dois filhos e se tornou embaixadora da boa vontade das Nações Unidas, como também, criou a Fundação Kim, que fornece suporte médico e psicológico as pessoas que sofreram experiências traumáticas.

A menina da Guerra do Vietnã virou amiga próxima do fotógrafo que eternizou o momento mais impactante da sua vida, considerando-o como alguém da família. Por muitos anos Phan Thị Kim Phúc não entendia e não gostava da foto, atualmente, pensa diferente. Em uma entrevista concedida à Revista Veja, em 2012, ela declarou:

“Hoje entendo que ela (fotografia) foi um presente poderoso para mim. Aceito que fui aquela garota e que agora posso usar minha experiência a favor da paz”.

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