JPEG ou RAW, qual o melhor?

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Imagine a seguinte situação: Você vai comprar uma câmera, como a Câmera Fotográfica Panasonic Lumix DMC-FZ60, por exemplo, então como bom curioso, você mexe aqui, mexe ali e descobre que ela tem dois formatos para você salvar suas fotos. Os quais são: JPEG ou RAW, assim sendo, qual escolher?

Como a prática é o critério da verdade, você começa a tirar algumas fotos, uma em cada formato, a fim de ver qual é o melhor. Dessa forma, você descobre que o JPEG lhe permite que seu cartão de 2GB guarde cerca de 400 fotos, enquanto o RAW lhe garante apenas 100.

A princípio, a conclusão é óbvia: RAW é melhor, mas será que é isso mesmo? Bom, é o que veremos no decorrer deste artigo.

O que é JPEG?

Primeiramente, antes de fazer um julgamento justo, temos de analisar os dois lados da história. Sendo assim, nada mais justo que mencionar o fato de que o termo “JPEG” significa “Joint Photografic Experts Group“, ou seja, JPEG na verdade não é o nome do arquivo, mas sim do comitê que que desenvolveu este padrão de arquivo.

JPEG ou Raw, qual o melhor ?

Ou seja, o formato verdadeiro do JPEG é o JFIF, assim: JPEG File Iterchange Format. Mas, cá entre nós, isso seria bem chato de ficar repetindo, portanto, o popular “arquivo JPEG” acabou pegando mais que uma série de 7 palavras!

Pois bem, agora aprofundando um pouco mais sobre o JPEG, é importante dizer que o comitê de mesmo nome que o criou, fez de forma que ele se tornasse um um método de compressão COM perda de dados, afinal de contas o algoritmo utilizado para isso é baseado no DCT (Discrete Cosine Transformation).

O sistema DCT faz o trabalho, justamente, de descartar alguns dados que não são tão significativas nas fotos, em suma, descartar aquelas coisas que passam despercebidas pelos olhos humanos. Mas, se você é um amante do formato, pode ficar tranquilo que ninguém foi excluído nas suas fotos não!

O algoritmo excluí apenas alguns dados, como pequenos artefatos e, por vezes, até mesmo manchas ou luzes excessivas, e se a imagem estiver em JPEG, pode ter certeza que toda vez que sua foto for editada e salva, haverá sim perdas de dados.

O que é RAW?

Quanto ao RAW, seu nome significa “Cru”, literalmente. Isso porque o “formato” RAW guarda as fotos sem nenhuma alteração, no seu aspecto mais “bruto” possível. E, justamente por isso, é o que as fotos neste tipo de arquivo são até 5 vezes mais pesadas que uma JPEG.

JPEG ou Raw, qual o melhor ?

Atualmente, muitas câmeras, oferecem um tipo de RAW novo, o qual – segundo os fabricantes – segue um estilo JPEG, mas sem perda de dados. Ou seja, ele consegue diminuir o tamanho da imagem consideravelmente, mas “sem perdas”.

É claro que, obviamente, há perdas sim. Mas, elas acabam sendo menos notáveis que as perdas causadas pelo JPEG original. O que pode ser um bom meio termo na hora de escolher entre JPEG ou RAW.

Bom, até aqui tudo bem. Mas, se você for um leitor atento certamente notou que quando eu disse formato, coloquei entre aspas. Isso porquê, na verdade, o RAW não é um formato, mas sim uma espécie de negativo digital. Ou seja, cada fabricante tem seu próprio formato de RAW, que serve para dizer “esta é a foto sem nenhuma edição, é a foto crua”.

JPEG ou RAW, RAW ou JPEG?

Se você trabalha com fotografia ou é um entusiasta, certamente já sabe que a fotografia de qualidade depende de dezenas de fatores que, quando unidos, conseguem atingir seu objetivo de ser, literalmente, um sucesso! Sendo assim, vamos dividir esta disputa entre os tópicos mais importantes para uma foto feita com excelência.

Criação da imagem

A criação da imagem é de fundamental importância, por isso, precisamos analisar precisamente a qualidade, para saber se vale a pena usar JPEG ou RAW. Bem, os resultados são bem interessantes e surpreendentes, isso porque o processo de criação da imagem, se tratando do JPEG, é muito mais desenvolvido e estudado que o seu “concorrente”.

Afinal de contas, funciona assim: Quando você dá o click, a câmera digital irá processar os dados da foto baseando-se nas configurações pré-instaladas, irá criar o arquivo na memória interna com estas configurações e em seguida fará a transferência para o cartão de memória.

Neste processo, no seu cartão de memória, já fica salva a imagem em seu “estado final”. Desta forma, será necessário pouco ou nenhum trabalho pós-produção, pois a foto já estará com o contraste, nitidez, brilho e afins de qualidade consideravelmente boas.

A parte chata desse processo “milagroso” está no fato de que seu leque de edições fica bem menor, afinal de contas, os dados que se perde quando você salva a imagem em JPEG não podem ser recuperados.

Tratando-se do formato RAW, a situação muda de cor (literalmente). Pois, quando você dá o click certeiro, as informações da imagem são salvas exatamente como é salvo no caso do JPEG, a diferença aparece na hora de tirar essas fotos da câmera.

Assim, quando você abrir a imagem em algum programa de edição ou execução, as configurações de cor, nitidez e etc estarão zeradas, logo, vão se ajustar aos padrões da ferramenta. Desta forma, assim que você abrir a imagem em um programa, vai poder observá-la por alguns segundos, “bonitinha” como quando você bateu.

Porém, logo ela atualiza com as configurações do programa, se tornando acinzentada e garantindo pra você algumas boas horas em frente ao PC, para consertar e deixar tudo como você queria que ficasse!

Enfim, qual é melhor? JPEG ou RAW?

JPEG ou Raw, qual o melhor ?

Bom, desta forma, só podemos chegar a uma conclusão: Se você não tem muito tempo e nem disposição para ficar horas em frente ao PC arrumando fotos, aqui e ali, sem dúvida alguma, a melhor opção pra você será o formato JPEG, pois ele quase não exige nenhum.

Mas, como dito no começo do artigo, não podemos nos basear apenas em uma coisa para definir um vencedor, de tratando de fotos, portanto, não perca os próximos artigos de domingo, que vão tratar sobre estes dois formatos e qual a melhor opção.

No próximo domingo, JPEG vs RAW: Dynamic Range!

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2 Comentários
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