Recuperação do Pantanal após incêndios é retratada por fotógrafo brasileiro

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É fato que um dos grandes patrimônios da humanidade quando o assunto é a riqueza natural é o Pantanal, bioma de amplitude que abrange três países diferentes na América do Sul (Brasil, Bolívia e Paraguai) em extensão aproximada de 210 mil quilômetros. De tamanha a sua importância, especialmente no Brasil, virou tema até mesmo de famosa telenovela regravada em tempos atuais.

No ano de 2020, em meio as inúmeras notícias de queimadas e incêndios relatados especialmente na região de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o ecossistema da região do Pantanal foi testado de maneira considerável, trazendo naturais preocupações sobre a capacidade de recuperação. Afinal, estamos falando de incêndios que atingiram as maiores proporções nos últimos 14 anos.

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Foto: Ricardo Martins via BBC News

Porém, em trabalho do fotógrafo de natureza Ricardo Martins que visitou a região exatamente um ano após o período mais crítico das queimadas. E a impressão tida pelo profissional através de suas imagens, mesmo diante de cenário notoriamente devastado, é de que o bioma tem mostrado incrível caráter de superação da adversidade:

“O Pantanal tem uma capacidade incrível de se regenerar, por isso não encontrei muitas cicatrizes visíveis da grande queimada de 2020. Mas encontrei uma seca brutal em 2021, que no meu livro chamei de ‘A Grande Seca’, ali presenciei e fotografei a busca de animais desesperados por água”, relatou o fotógrafo para o site da BBC News.

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Foto: Ricardo Martins via BBC News

A impressão tida pelo profissional da fotografia acabou sendo ratificada pelas palavras do biólogo Gustavo Figueroa, também para a BBC, salientando que as características na composição do bioma do Pantanal auxiliam no processo de recuperação. Porém, sem deixar de fazer uma consideração em tom de alerta com a previsão de novos incêndios nos próximos meses:

“Há algumas sementes que têm sua ‘dormência’ quebrada com o fogo, que também serve para limpar algumas espécies que dominam as demais e abrir espaço para outras. Por isso, o Pantanal tem uma resiliência maior às queimadas do que outros biomas, como a Mata Atlântica, que não é um ambiente onde o fogo acontece naturalmente. Mas é importante reforçar que isso vai diminuindo cada vez mais conforme temos fogos mais intensos e mais recorrentes. Há algumas sementes que têm sua ‘dormência’ quebrada com o fogo, que também serve para limpar algumas espécies que dominam as demais e abrir espaço para outras. Por isso, o Pantanal tem uma resiliência maior às queimadas do que outros biomas, como a Mata Atlântica, que não é um ambiente onde o fogo acontece naturalmente. Mas é importante reforçar que isso vai diminuindo cada vez mais conforme temos fogos mais intensos e mais recorrentes.”

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